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15 de dezembro de 2025 - 23h42
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COMÉRCIO EXTERIOR

Lula atribui abertura de 500 mercados ao trabalho do governo e à qualidade da produção brasileira

Exportações já somam US$ 3,4 bilhões e podem alcançar US$ 37,5 bilhões por ano, segundo o Mapa

15 dezembro 2025 - 13h55
Lula participa da inauguração da sede da ApexBrasil e celebra abertura de novos mercados internacionais.
Lula participa da inauguração da sede da ApexBrasil e celebra abertura de novos mercados internacionais. - Foto: Frame/ Canal GOV/ ABrasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (15) que a abertura de mais de 500 mercados internacionais para produtos agropecuários brasileiros, entre 2023 e 2025, é resultado direto do trabalho coletivo do governo federal aliado à qualidade da produção nacional. A declaração foi feita durante a inauguração da sede própria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Brasília.

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Segundo Lula, o desempenho do Brasil no comércio exterior reflete um processo de aprendizado institucional acumulado ao longo dos anos. “O acerto das coisas que estão acontecendo no Brasil se deve ao aprendizado que nós tivemos ao longo de muitos anos”, afirmou o presidente.

O evento marcou também a celebração da abertura dos novos mercados internacionais, que já resultaram em US$ 3,4 bilhões em exportações. O trabalho de expansão comercial é liderado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com participação da ApexBrasil, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em articulação com o setor privado.

Para Lula, o Brasil alcançou um estágio em que consegue atender plenamente o mercado interno e, ao mesmo tempo, competir no cenário internacional. “O que acontece no Brasil hoje: a gente produz para atender o mercado interno e a gente produz tão bem que a gente consegue atender as necessidades do mercado externo. Essa é a coisa mais perfeita que poderia acontecer”, destacou.

Durante o discurso, o presidente elogiou a atuação dos ministros e das equipes técnicas envolvidas na internacionalização da economia brasileira e sinalizou que pretende ampliar ainda mais a presença do país no exterior. Em 2026, por exemplo, Lula participará da Feira de Hannover, na Alemanha, um dos principais eventos de inovação e tecnologia industrial do mundo.

Segundo ele, a indústria brasileira já possui competitividade e identidade próprias. “Nós já não precisamos do que eles precisam. Agora, quem tem que falar isso somos nós. Então, nessa feira, a gente vai ver se leva a maior quantidade de empresário que nós já levamos, porque chega do Brasil se apresentar como se fosse um coitadinho”, afirmou.

O presidente também anunciou viagens à Coreia do Sul, com foco em parcerias no setor de cosméticos, e à Índia, onde vê potencial nas áreas de defesa, fármacos e tecnologias agrícolas.

De acordo com estimativas do Mapa, os 500 mercados abertos em mais de 80 países têm potencial de exportação superior a US$ 37,5 bilhões por ano. Cada país pode ter diversos mercados, dependendo do tipo de produto. Entre os principais itens habilitados estão carnes, algodão, frutas e pescados.

O ministro da Agricultura e Peccuária, Carlos Fávaro, classificou a ampliação como um feito histórico, atribuindo o resultado à diplomacia brasileira e à capacidade produtiva do país. Ele lembrou que, em 2025, o Brasil recebeu a certificação internacional de país livre de febre aftosa.

“Por 72 anos, o Brasil lutou contra essa doença. E o mundo agora reconhece a sanidade dos produtos brasileiros, a capacidade de produzir cada vez mais com garantia de qualidade”, afirmou. Segundo Fávaro, o número de adidos agrícolas no exterior passou de 29 para 40, fortalecendo a presença técnica do Brasil em negociações internacionais.

Para o ministro, os novos mercados tendem a se transformar gradualmente em negócios consolidados. “O empresário do outro lado compra um produto, faz o primeiro container, vê que o produto é bom, que chega na hora certa, que tem demanda e o Brasil aguenta suprir essa demanda. A partir daí, ele amplia”, explicou.

Dados da ApexBrasil mostram que, entre 2023 e 2025, o esforço conjunto da agência com o Mapa e o MRE resultou em mais de 170 ações internacionais em 42 países, com US$ 18 bilhões em negócios projetados e atendimento a mais de três mil empresas brasileiras. No período, foram realizadas 19 missões presidenciais e cinco missões vice-presidenciais.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou a parceria com o setor privado. “A Apex tem 52 convênios com 52 setores da economia do Brasil. A Apex entra com metade dos recursos e as entidades com a outra metade, para o Brasil estar presente no mundo inteiro. São cerca de mil eventos por ano”, afirmou.

Criada em 2003, durante o primeiro mandato de Lula, a ApexBrasil apoiou, até outubro de 2025, 20.754 empresas, sendo 66% micro, pequenas e médias. A estratégia inclui foco especial nas regiões Norte e Nordeste, como parte do processo de descentralização da promoção comercial.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou o cenário positivo e afirmou que o Brasil deve bater recordes de exportação. “Mesmo com o mundo crescendo menos e preços menores, nós devemos alcançar US$ 345 bilhões em exportações e US$ 629 bilhões de corrente de comércio”, disse.

Para Alckmin, a abertura ao comércio internacional é decisiva para o crescimento sustentável. “Não há país do mundo que tenha um crescimento forte e sustentável sem se abrir ao mundo e priorizar o comércio exterior”, concluiu.

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