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02 de outubro de 2025 - 19h27
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POLÍTICA

Deputada Luizianne Lins denuncia detenção por Israel durante missão humanitária

Parlamentar cearense estava em flotilha com destino à Faixa de Gaza quando embarcação foi interceptada pela Marinha israelense. Governo brasileiro acompanha o caso

2 outubro 2025 - 17h00Raisa Toledo
A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) em discurso na Câmara.
A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) em discurso na Câmara. - (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) relatou ter sido detida pela Marinha de Israel durante uma missão humanitária com destino à Faixa de Gaza, na quarta-feira (1º). Ela viajava na flotilha Global Sumud, iniciativa que buscava levar suprimentos à população da região.

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Em vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar afirmou ter sido “sequestrada pelas forças de ocupação israelenses” e levada contra sua vontade. No registro, pediu apoio ao governo brasileiro: “Peço ao meu governo para acabar qualquer relação econômica com Israel e a me levar para casa”.

Natural de Fortaleza, Luizianne Lins tem 56 anos, é jornalista e professora universitária licenciada. Militante desde os tempos do movimento estudantil na Universidade Federal do Ceará (UFC), foi diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1993. Filada ao PT desde 1989, construiu carreira política como vereadora, deputada estadual e prefeita de Fortaleza por dois mandatos consecutivos (2005-2012). Atualmente cumpre seu segundo mandato como deputada federal, atuando em comissões ligadas à cultura, comunicação e inteligência artificial.

Na Câmara, a notícia da detenção foi comunicada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante votação sobre isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. Motta disse ter solicitado ao Itamaraty que a parlamentar e outros brasileiros recebam “todas as garantias e prerrogativas devidas”.

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota expressando “preocupação” com a ação israelense, que classificou como violadora de direitos e de risco à integridade física dos participantes da missão. O órgão reforçou ainda o apelo para que Israel permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza e informou que a embaixada brasileira em Tel Aviv acompanha de perto o caso, prestando assistência consular conforme prevê a Convenção de Viena.

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