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CPI DA COVID

Médica em depoimento à CPI diz ser importante que responsável por secretaria que conduziria tenha autonomia

A médica infectologista Luana Araújo afirmou que, à época em que foi cotada para assumir a Secretaria de Enfrentamento à Covid-19, o ministro Marcelo Queiroga "prontamente entendeu e atendeu" o pedido por autonomia do órgão

2 junho 2021 - 15h10
Luana Araújo
Luana Araújo - (Foto: Adriano Machado/Reuters)
Terça da Carne

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A médica infectologista Luana Araújo afirmou que, à época em que foi cotada para assumir a Secretaria de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, o ministro Marcelo Queiroga "prontamente entendeu e atendeu" o pedido por autonomia do órgão. Segundo a especialista, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, "numa situação de tamanha importância e tamanha complexidade, que seria a condução dessa secretaria, é importante que o responsável tenha essa autonomia para coordenar os trabalhos".

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"Se eu me compreendesse cerceada num nível fundamental para exercício do meu trabalho, não faria mais parte dessa estrutura", afirmou Luana. A médica atuou como chefe da secretaria por dez dias. Segundo Queiroga, era necessária "validação política para a nomeação".

Durante a audiência pública, a médica defendeu a imunização em massa e medidas para restringir a circulação do vírus, bem como criticou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença. As ideias expostas vão na linha contrária do que defendem governistas e aliados do presidente Jair Bolsonaro.

A médica também destacou que "autonomia não é liberdade plena". "Todos fazemos parte de uma estrutura, é preciso que haja respeito, integração, cooperação, mas isso não pode significar cerceamento ou falta de autonomia. Esse equilíbrio às vezes é frustrante e complexo, mas reitero que em nenhum momento fui cerceada", afirmou ao colegiado.

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