
No papel, o município de Anastácio, em Mato Grosso do Sul, já tem um espaço para atender mulheres vítimas de violência doméstica. Na prática, o local cede o mínimo. A estrutura é limitada e não oferece as condições necessárias para garantir acolhimento com segurança, privacidade ou dignidade. Foi a partir dessa constatação que a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) apresentou uma indicação solicitando a construção de um centro especializado no município.

O pedido foi encaminhado à ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ao governador do Estado, Eduardo Riedel (PP), e à subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa. A proposta nasceu de uma demanda concreta: a Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres de Anastácio apontou a urgência em melhorar o atendimento no município.
“É preciso garantir segurança, dignidade e privacidade para que essas mulheres sejam acolhidas e para que os profissionais possam trabalhar de forma plena”, afirmou a parlamentar. Para ela, o atendimento à mulher em situação de risco não pode ser improvisado. Precisa ser feito com estrutura, sensibilidade e presença do Estado.
O projeto apresentado prevê um espaço com salas para atendimento psicológico, social e jurídico, além de uma área emergencial para abrigar mulheres e seus filhos quando não há tempo de esperar. A proposta vai além do amparo imediato. Quer se tornar uma referência regional para prevenção da violência, promoção da cidadania e reconstrução de vidas.
A fala de Lia Nogueira resume o espírito da proposta: “Investir nesse projeto significa salvar vidas.” É um chamado à ação, mas também um lembrete de que as políticas públicas só funcionam quando saem do papel e encontram as pessoas onde elas mais precisam.
