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JULGAMENTO DO GOLPE

Militar acusado de integrar trama golpista comparece ao STF sem farda

Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, das Forças Especiais do Exército, é apontado pela PGR como o agente "Brasil" em plano que previa o assassinato de autoridades

11 novembro 2025 - 11h30Redação
Rodrigo Bezerra de Azevedo, militar das Forças Especiais e apontado como um dos integrantes do núcleo 3 da trama golpista, acompanha julgamento no STF
Rodrigo Bezerra de Azevedo, militar das Forças Especiais e apontado como um dos integrantes do núcleo 3 da trama golpista, acompanha julgamento no STF - (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
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O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, das Forças Especiais do Exército, foi o único militar a comparecer nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o julgamento do núcleo operacional da trama golpista, da qual é acusado de fazer parte. Conhecido entre os colegas como um dos “kids pretos” — apelido dado aos agentes de elite do Exército —, Azevedo esteve presente sem farda, em trajes civis.

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O grupo julgado é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por planejar ações que poderiam culminar em um golpe de Estado, incluindo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do próprio STF.

De acordo com a PGR, Azevedo seria o agente de codinome “Brasil” na chamada operação Copa 2022, plano que previa o atentado contra Moraes. O militar está preso preventivamente desde novembro de 2023, e uma das principais provas apresentadas pela investigação é o uso do mesmo celular identificado pela Polícia Federal (PF) nas semanas posteriores à tentativa de execução do plano.

A defesa de Azevedo contesta as acusações e afirma que ele estava em casa no dia 15 de dezembro de 2022, data em que o suposto plano teria sido colocado em prática. Segundo os advogados, não há evidências de que o militar tenha estado em Brasília naquele período.

Para a PGR, entretanto, as provas indicam que o grupo, formado por agentes das forças especiais, atuou de forma organizada, armada e deliberada para desestabilizar o governo eleito. “Essa organização utilizou violência e grave ameaça com o objetivo de impedir o funcionamento dos Poderes da República e depor um governo legitimamente eleito”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em sustentação ao STF.

Os chamados “kids pretos” são integrantes das Forças Especiais do Exército, unidade de elite treinada para operações de alta complexidade, como infiltrações, sabotagem e resgate de reféns.

O julgamento segue em andamento no Supremo e faz parte do desmembramento das ações relacionadas aos ataques de 8 de janeiro de 2023 e à tentativa de ruptura institucional investigada pela PF e pela PGR.

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