O empresário João Amoêdo, ex-presidente do partido Novo, manifestou apoio à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a transferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma cela da Polícia Federal. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), Amoêdo classificou a medida como “correta e embasada”, destacando o risco concreto de fuga por parte de Bolsonaro.
Segundo Amoêdo, a violação da tornozeleira eletrônica na madrugada de sábado (22) é um indicativo grave, somada à convocação de uma manifestação por parte de Flávio Bolsonaro e à fuga do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, também condenado, que deixou o país nesta semana.
Críticas ao argumento de saúde - Na avaliação do ex-dirigente partidário, os argumentos usados por aliados de Bolsonaro para criticar a prisão, como seu estado de saúde, são “oportunistas”. Amoêdo ressaltou que o ex-presidente está detido em uma sala da Polícia Federal com estrutura “superior à de qualquer preso”.
“Lamentar a prisão com base na saúde é um discurso conveniente. A lei precisa valer para todos”, escreveu Amoêdo.
Em sua manifestação, Amoêdo também apontou o que considera um problema estrutural na oposição atual. Segundo ele, falta uma “direita decente” no Brasil que se posicione sem depender da figura de Bolsonaro.
“Seguimos sem uma direita decente para liderar a oposição sem depender da submissão ao bolsonarismo”, concluiu o empresário, que tem se mantido afastado de cargos políticos, mas ainda é uma voz ativa nas redes sociais.
As declarações de Amoêdo contrastam com o posicionamento de diversos governadores aliados de Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, que criticaram publicamente a decisão de Moraes e defenderam o ex-presidente.
