A primeira-dama Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, fez uma declaração que gerou especulação sobre uma indireta para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, nesta quarta-feira (20), durante evento em Manaus. A ocasião marcou um encontro de instituições de ciência e tecnologia amazônicas com a Presidência da COP30, organizado pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Ao ser elogiada pelo deputado federal Airton Faleiro (PT-PA), que a chamou de "diferenciada" por sua atuação política, Janja aproveitou para se manifestar: "E não xingo o marido de ninguém", disse ela, em um comentário que rapidamente chamou a atenção dos presentes.
Faleiro, que elogiava a atuação de Janja como primeira-dama, comparou sua postura à de outras figuras políticas, destacando que ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazem "a política do bem, da verdade, não da fake news". A resposta de Janja se deu no momento em que Faleiro mencionava sua dedicação a causas sociais e à verdade, sem recorrer à propagação de mentiras.
Contexto da indireta
A declaração de Janja pareceu ser uma resposta indireta às críticas feitas por Michelle Bolsonaro no último sábado (16). A ex-primeira-dama, em discurso no evento do PL Mulher, havia insinuado que a decisão do presidente Lula sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros seria uma provocação para que a família Bolsonaro fosse responsabilizada pelos danos econômicos. "Fica provocando para que a gente receba sanções, para a culpa ficar na nossa família", disse Michelle, em referência a um vídeo em que Lula aparece oferecendo jabuticabas ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Michelle também fez duras críticas ao presidente Lula, chamando-o de "mentiroso", "cachaceiro", "pinguço" e "irresponsável", o que intensificou a troca de acusações entre as duas figuras públicas.
Ação política de Janja
Além do comentário sobre a ex-primeira-dama, Janja tem se destacado por sua atuação política e aproximação com diferentes grupos sociais. Na semana passada, ela participou de um encontro com mulheres evangélicas em Salvador, destacando a importância de criar soluções políticas que beneficiem o povo e promovam um projeto de nação justo e certo. Ela também visitou um terreiro de candomblé, acompanhado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para dialogar sobre o combate ao racismo ambiental, lançando o programa Mãe Beata Justiça Ambiental, que premia mulheres pela luta contra o racismo.
