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A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, fez publicações com tom irônico em seu perfil no Instagram logo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Embora não tenha feito nenhuma menção direta ao julgamento, os dois memes publicados entre a noite de quinta-feira (11) e a manhã de sexta (12) chamaram a atenção nas redes sociais pelo timing.
Na quinta-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro e outros sete réus por articulação golpista. O ex-presidente recebeu a maior pena entre os acusados: 27 anos e três meses de prisão.
A primeira postagem de Janja foi um clássico da internet: o gif de Michael Jackson comendo pipoca, cena retirada do videoclipe Thriller. O meme é amplamente usado para indicar que alguém está assistindo a uma situação polêmica ou embaraçosa com interesse e diversão.
Na sequência, a primeira-dama compartilhou um vídeo da personagem Nazaré Tedesco — vivida por Renata Sorrah na novela Senhora do Destino (2004) — desejando bom dia aos transeuntes com um tom entusiástico: “Bom dia! Um dia tão lindo!”.
Memes de Michael Jackson e Nazaré Tedesco. - (Foto: @janjalula via Instagram)Embora as postagens não citem o nome de Bolsonaro ou qualquer referência direta à decisão do STF, o momento em que foram publicadas gerou interpretações de que seriam uma reação indireta ao desfecho do julgamento.
Logo após os memes, Janja voltou a publicar conteúdos institucionais. Ela mostrou trechos de sua agenda oficial em Porto Alegre, onde visitou uma cooperativa agrícola e participou de um evento na sede da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Imagens dos compromissos foram divulgadas em seus stories e no feed.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se pronunciou sobre a condenação de Bolsonaro. Na quinta-feira, o perfil oficial de Lula no Instagram se concentrou em divulgar o lançamento da Carteira Nacional do Docente, documento voltado a professores das redes pública e privada.
Dias antes do julgamento, Lula declarou, em entrevista, que não pretendia acompanhar as sessões no STF, pois “tinha coisa melhor para fazer”. A fala foi interpretada como uma tentativa de se distanciar politicamente do processo judicial contra seu principal adversário nas eleições passadas.
