
A Justiça italiana recusou tornar definitiva a prisão preventiva solicitada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes contra Eduardo Tagliaferro, acusado de vazar conversas de assessores relacionados a investigações envolvendo bolsonaristas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (1º) por um tribunal de apelação em Catanzaro, na região da Calábria.

Tagliaferro está na Itália desde julho, sem qualquer ordem de prisão ou restrição de saída do Brasil quando deixou o país. Ele foi denunciado pelo procurador-geral Paulo Gonet por causa dos vazamentos, e Moraes pediu sua extradição para responder ao processo no Brasil.
O tribunal italiano observou que as alegações já são amplamente conhecidas publicamente e que Tagliaferro não tentou fugir de sua residência. Por isso, considerou desnecessária a prisão preventiva e aplicou medidas cautelares: ele deve entregar o passaporte, permanecer em endereço fixo com horário informado à polícia e não pode deixar a cidade sem autorização judicial.
Em nota, os advogados do ex-assessor classificaram o pedido de prisão no Brasil como “arbitrário”. A defesa afirma que Tagliaferro “não fugiu, não está procurado e está legalmente regularizado em outro país”.
