
Jatos israelenses realizaram novos ataques aéreos no sul do Líbano nesta quinta-feira (6), em uma escalada das ofensivas quase diárias conduzidas por Israel na região. Os bombardeios ocorreram horas depois de o Hezbollah alertar o governo libanês a não iniciar negociações com Tel-Aviv.
Antes dos ataques, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) em árabe, Avichay Adraee, emitiu alertas para civis em Tayba, Tayr Debba (a leste da cidade de Tiro) e Aita al-Jabal, orientando-os a se afastar 500 metros de edifícios residenciais supostamente utilizados pelo Hezbollah. Um novo aviso foi direcionado à cidade de Zawtar al-Sharqiyah, próxima a Nabatieh.
Israel mira alvos do Hezbollah - Segundo o exército israelense, os ataques tiveram como alvo infraestruturas militares do Hezbollah nessas localidades. A justificativa é que o grupo xiita estaria reconstruindo suas capacidades bélicas, quase um ano após o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que encerrou meses de confrontos entre as partes.
“Não permitiremos que o Hezbollah se rearme, se recupere ou reconstrua sua força para ameaçar o Estado de Israel”, declarou a porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian, em coletiva nesta quinta-feira.
Até o momento, não há relatos de vítimas.
Os bombardeios coincidiram com uma reunião em Beirute entre o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, e seu gabinete. O governo discutia um plano de desarmamento do Hezbollah e de outros grupos armados não estatais, proposto pelo exército libanês.
O presidente Joseph Aoun tem sido crítico aos ataques de Israel e à ocupação de cinco pontos do território libanês, mas afirmou estar aberto a negociações diplomáticas para tentar encerrar as tensões na fronteira.

