
A mais recente pesquisa do Instituto Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (25), revela que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 50%, registrando um crescimento de sete pontos percentuais desde julho, quando era de 43%. Com isso, Lula supera numericamente sua taxa de rejeição, que recuou para 48%.

O levantamento aponta que o petista mantém forte apoio entre eleitores de esquerda (95%) e agora também lidera em segmentos mais disputados: 49% de aprovação entre eleitores de centro e 51% entre a classe média. A rejeição persiste entre eleitores de direita (88%) e nas classes mais altas (84%).
Também houve melhora na percepção sobre o noticiário relacionado ao governo: 38% dos entrevistados disseram ver mais notícias positivas, contra 35% que apontaram negativas — uma inversão do cenário anterior.
A pesquisa foi realizada entre 19 e 22 de setembro, antes do impacto total das manifestações contra a PEC da Blindagem e a favor do STF, além do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU, que também foram considerados positivos para sua imagem.
Enquanto Lula avança em aprovação, a Câmara dos Deputados enfrenta crescente rejeição. A desaprovação subiu para 70%, contra 63% em julho. Segundo o cientista político Antonio Lavareda, responsável pelo estudo, a piora está ligada a episódios como o motim no plenário e a polêmica tramitação da PEC da Blindagem.
A rejeição à Câmara é maior entre eleitores de esquerda (83%), mas também é significativa entre os de centro (73%) e direita (58%). Entre os mais ricos, o índice chega a 78%.
O Senado, por outro lado, teve uma leve melhora: a aprovação subiu para 26% e a desaprovação caiu para 59%.
O Supremo Tribunal Federal também viu sua imagem melhorar. A aprovação da Corte subiu de 43% para 46%, enquanto a rejeição caiu de 49% para 44%. O saldo positivo é atribuído à atuação durante o julgamento dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e ao apoio popular demonstrado nas manifestações recentes.
O ministro Gilmar Mendes considerou os protestos como um sinal da força das instituições e da democracia brasileira.
O levantamento do Ipespe entrevistou 2.500 brasileiros com 16 anos ou mais, por meio de metodologia híbrida (telefone e online), entre os dias 19 e 22 de setembro de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95,45%.
