
O prefeito de Inocência (MS), Antônio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho da Cofapi (PP), visitou na manhã desta segunda-feira (24) uma usina de tratamento de resíduos em Simões Filho, na Bahia. A visita técnica faz parte de um esforço da gestão municipal para implementar um projeto de gestão sustentável de resíduos em Mato Grosso do Sul, com foco em geração de energia, empregos e reaproveitamento de materiais.
Além do prefeito, participaram da visita o consultor de investimentos Cléber Pacheco, o secretário de Planejamento e Finanças de Inocência, Gilmarez Leal (conhecido como Marez), e o assessor de gabinete Max Machado. A comitiva conheceu de perto o funcionamento das tecnologias utilizadas na usina baiana e buscou informações para viabilizar a instalação de uma unidade semelhante no município.

Max Machado, Cléber Pacheco, prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos (Toninho da Cofapi) e o secretário Gilmarez Leal
Comitiva avalia modelo baiano como referência para MS - A usina visitada é considerada um dos principais exemplos de gestão moderna de resíduos no país, operando com reciclagem, compostagem e geração de biogás. Ela processa cerca de 3 mil toneladas de lixo por dia e atende cidades da Região Metropolitana de Salvador.
Durante a visita, o secretário Gilmarez Leal analisou a viabilidade financeira e as possibilidades de estruturação por parceria público-privada (PPP). “O modelo baiano é auto-sustentável: gera receita com venda de energia renovável, subprodutos e créditos de carbono. Estamos estudando todos os detalhes com total responsabilidade para trazer a solução mais adequada a Inocência”, afirmou.
Max Machado, assessor de gabinete do prefeito, foi o responsável pelo suporte logístico da visita e atuou no contato com representantes da usina baiana. Ele também participou de reuniões preparatórias e acompanhou a agenda técnica da comitiva.

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Meta é preparar Inocência para o crescimento acelerado - Com a instalação da fábrica da Arauco, que prevê R$ 28 bilhões em investimentos, Inocência poderá ver sua população saltar de 8,4 mil para até 32 mil pessoas durante a fase de obras. A demanda por serviços de saneamento e gestão de resíduos deve crescer na mesma proporção.
O prefeito Toninho da Cofapi defende que a nova usina será fundamental para evitar sobrecarga nos serviços públicos. “Queremos antecipar os desafios e oferecer uma solução sustentável. Além de cuidar do meio ambiente, o projeto vai gerar empregos e preparar nossa cidade para o futuro”, declarou.

A máquina que faz o lixo sumir: Em minutos, toneladas de resíduos urbanos viram gás de síntese e óleo combustível.
A nova usina, além de atender Inocência, poderá servir cidades vizinhas como Água Clara, Paraíso das Águas e Selvíria, por meio de consórcios ou parcerias regionais. A proposta inclui coleta seletiva ampliada, compostagem e aproveitamento de resíduos industriais e urbanos.
O modelo de Simões Filho utiliza tecnologias de pirólise e incineração controlada, que transformam resíduos em energia e combustíveis para indústrias como cimenteiras, sem gerar rejeitos finais. Com isso, há redução significativa de lixões e emissões de gases poluentes.

Triagem inicial é manual; o resto é tecnologia que elimina 100 % dos rejeitos.
Se replicada em Inocência, a usina poderá gerar entre 200 e 300 empregos diretos, além de oportunidades em cooperativas de reciclagem e manutenção. A expectativa é que até 40% dos resíduos produzidos pela fábrica da Arauco possam ser reaproveitados localmente.

