
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “está caminhando para uma quarta eleição”. A declaração foi feita durante o evento Brasil do Futuro, promovido pela organização Comunitas, em São Paulo.

“Vivemos um Brasil polarizado desde a eleição de 2022. Temos, pela primeira vez, um presidente da República eleito três vezes desde a redemocratização já caminhando para uma quarta eleição, em processo de reeleição”, disse Motta.
O parlamentar também citou os julgamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) e as recentes tensões diplomáticas com os Estados Unidos, que decidiram sobretaxar produtos brasileiros e impor sanções a autoridades da Corte.
Prioridades da Câmara
Ao longo de sua fala, Motta afirmou que a PEC da Segurança e a reforma administrativa serão prioridades da Câmara nos próximos meses. Ele ressaltou que o Parlamento não deve rejeitar automaticamente propostas do Executivo apenas por pressão política da oposição.
“O papel do Parlamento não é derrotar tudo que o governo manda por pressão política. O papel do Parlamento é melhorar a proposta”, afirmou.
O presidente da Casa disse ainda que governadores e prefeitos devem ser ouvidos no debate sobre segurança. “Os Estados hoje têm maior responsabilidade na segurança pública, mas também é preciso envolver os gestores municipais, que podem, com as guardas municipais e o policiamento de trânsito, ajudar numa cooperação com as polícias”, declarou.
Segurança e sistema carcerário
Segundo Motta, a proposta elaborada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, permite maior integração entre União, Estados e municípios no financiamento e execução de políticas de segurança pública.
Ele acrescentou que não haverá solução sem mais investimentos no setor e citou a necessidade de rever o sistema carcerário, que classificou como falido.
Agenda até o fim do ano
Motta disse que a Câmara deve concentrar esforços em quatro frentes até o recesso:
PEC da Segurança;
Reforma administrativa;
Aprovação do novo Plano Nacional da Educação;
Regulamentação da inteligência artificial.
“Quem sabe até o fim do ano essas matérias possam ser aprovadas com legislações modernas capazes de ajudar o País”, concluiu.
