
No segundo dia do julgamento na Primeira Turma do STF, o advogado Matheus Mayer Milanez, que defende o ex-ministro do GSI Augusto Heleno, afirmou que seu cliente passou por um afastamento gradual de Jair Bolsonaro no final do mandato do ex-presidente.

Milanez destacou que Heleno se opunha à política tradicional e priorizava pessoas com comprometimento com a defesa nacional, em vez de políticos de carreira. Segundo o advogado, o distanciamento começou quando Bolsonaro se aproximou do Centrão. “Não era um afastamento total, pois Heleno continuou no governo, mas publicamente sempre manteve apoio ao presidente”, explicou.
O advogado citou uma reportagem da revista Veja, intitulada “O melancólico fim de Augusto Heleno no governo Bolsonaro”, e depoimentos de testemunhas, incluindo o general Freire Gomes e Mauro Cid, que indicariam o distanciamento entre Heleno e o ex-presidente.
Saiba Mais
- MERCADO FINANCEIRO
Juros futuros permanecem estáveis com queda do dólar e atenção ao STF
- JULGAMENTO
STF ouve defesas de Bolsonaro e generais no processo do golpe
- JULGAMENTO NO STF
STF tem 2º dia de julgamento do golpe com defesa de Bolsonaro e outros réus
- POLÍTICA
Defesa de almirante Garnier nega provas de apoio a plano golpista no STF
Milanez também contestou a acusação da PGR de que Heleno atuou como consultor de Bolsonaro na transmissão ao vivo de 2021, apontada como o início da trama golpista. Ele argumentou que Heleno não se manifestou durante a live e que a interpretação do Ministério Público sobre sua participação é infundada. “Ele estava apenas mexendo no telefone, sem qualquer envolvimento direto. Essa imputação carece de força”, afirmou.
