
Um homem de 63 anos morreu após ser atacado por quatro cães da raça pitbull no último sábado (6), na cidade de Minas do Leão, no Rio Grande do Sul. A vítima, identificada como Américo Sampaio, realizava a entrega de lenha em uma residência quando foi surpreendida pelos animais.

Socorrido em estado grave, ele foi internado no Hospital de Pronto-Socorro (HPS), em Porto Alegre, e permaneceu em coma induzido, mas não resistiu aos ferimentos. O enterro ocorreu nesta sexta-feira (12), no município de Butiá, a cerca de 80 km da capital gaúcha.
Protesto cobra responsabilização da tutora
Familiares e amigos organizaram um protesto em frente à residência onde aconteceu o ataque, na rua Vespúcio de Souza Porto, próximo à BR-290. Cerca de 30 pessoas participaram da manifestação, pedindo que a dona dos cães seja responsabilizada criminalmente.
“Não foi um acidente, mas sim uma irresponsabilidade da dona dos cães. Os pitbulls já haviam atacado outros animais na rua no ano passado. A dona mandou meu tio entrar no pátio para entregar os dois sacos de lenha”, afirmou Joice de Souza Frohlich, sobrinha da vítima, em entrevista ao Estadão.
Tutora dos cães também ficou ferida
Segundo a Polícia Civil, Américo Sampaio entrou na residência a pedido da proprietária dos animais, uma idosa de 82 anos. No momento em que acessava o pátio, os cães avançaram contra ele. A mulher tentou conter os animais, mas também sofreu ferimentos durante o ataque.
Cães apreendidos pela Justiça
Na quarta-feira (10), a Justiça autorizou a busca e apreensão dos animais, após solicitação da Polícia Civil. A Brigada Militar apoiou a operação, que resultou na apreensão de três pitbulls, encaminhados ao canil da Penitenciária Estadual de Charqueadas. O quarto cão foi sacrificado logo após o ataque.
Próximos passos da investigação
O caso segue sob apuração da Polícia Civil de Minas do Leão. Após a conclusão do inquérito, os autos serão enviados ao Ministério Público e ao Judiciário, que decidirão se a tutora dos cães responderá por homicídio ou se o episódio será tratado como acidente.
A tragédia reacende o debate sobre a posse responsável de animais de raças consideradas de grande porte e força, além da necessidade de medidas preventivas para evitar novos casos.
