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O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) realizou um protesto incomum nesta sexta-feira (24) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O parlamentar montou uma barraca no local para demonstrar sua indignação contra as medidas judiciais impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o ato, Lopes utilizou um esparadrapo na boca, alegando que a liberdade de expressão no Brasil estaria sob ameaça.

Em uma carta publicada nas redes sociais, Lopes declarou que o Brasil "não é mais uma democracia" e reforçou que não estava tentando provocar, mas sim mostrar sua indignação. "Não estou incentivando ninguém a fazer o mesmo", afirmou ele, embora tenha permanecido em silêncio durante a maior parte do protesto. Ao ser questionado sobre sua decisão de acampar, o deputado se manteve calado, reagindo apenas com gestos negativos e lendo em silêncio o capítulo de Provérbios, do Velho Testamento.
Apesar de se manter em silêncio público, Lopes usou suas redes sociais para se comunicar. Em uma publicação, agradeceu as mensagens de apoio, afirmando: "Mesmo em silêncio, tenho sentido cada palavra, cada oração e cada apoio que chega de todos os cantos do Brasil."
Muito obrigado pelas mensagens de carinho.
— Helio Lopes (@depheliolopes) July 25, 2025
Mesmo em silêncio, tenho sentido cada palavra, cada oração e cada apoio que chega de todos os cantos do Brasil.
Agradeço ao líder @DepSostenes e aos colegas parlamentares que compreenderam que esse ato é de consciência, não de…
O protesto chamou a atenção de alguns transeuntes, em sua maioria apoiadores de Bolsonaro. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) foi o primeiro a se aproximar de Lopes, oferecendo-lhe um abraço e anunciando que também se acamparia ao lado dele, dizendo que o objetivo era mostrar ao Brasil o que estava acontecendo. Ele sugeriu que, num futuro próximo, outros acampamentos poderiam surgir na Praça dos Três Poderes.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) entrou em contato com a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal), informando que acampamentos não são permitidos na praça, especialmente após os ataques de 8 de janeiro de 2023. Mesmo com a orientação para desocupar a área, Lopes se recusou a sair, e a PM está avaliando a melhor maneira de lidar com a situação.
O ex-presidente Bolsonaro, por sua vez, mencionou que passaria pela área, mas decidiu não parar para evitar que a ação fosse politizada.
