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05 de outubro de 2025 - 16h20
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INTERNACIONAL

Hamas pede troca imediata de reféns por prisioneiros em meio a negociações no Egito

Grupo palestino pressiona por cessar-fogo enquanto mediação dos EUA tenta destravar plano de paz liderado por Trump

5 outubro 2025 - 13h30AP
Hamas propõe troca imediata de reféns por prisioneiros; negociação com Israel avança sob mediação do Egito e EUA.
Hamas propõe troca imediata de reféns por prisioneiros; negociação com Israel avança sob mediação do Egito e EUA. - Foto: Reprodução

A dois dias do segundo aniversário do ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início à atual guerra em Gaza, o grupo Hamas afirmou neste domingo (5) que está disposto a fechar um acordo “imediato” de troca de reféns por prisioneiros palestinos. A declaração antecede uma nova rodada de negociações indiretas com Israel, realizada no Egito, e mediada pelos Estados Unidos.

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As tratativas, classificadas como “técnicas” por assessores do premiê israelense Benjamin Netanyahu, têm como base o plano de paz proposto pelo presidente americano Donald Trump. A proposta prevê cessar-fogo, liberação de reféns em até 72 horas, retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza e desarmamento de milícias do Hamas.

Apesar da expectativa diplomática, os bombardeios israelenses continuaram ao longo do domingo na Cidade de Gaza. Segundo a Defesa Civil local — que atua sob controle do Hamas —, ao menos cinco pessoas morreram durante o dia.

Plano americano pressiona por acordo rápido

O plano apresentado por Trump é tratado como prioridade pelo governo dos EUA, que enviou ao Egito o conselheiro Steve Witkoff e o genro do presidente, Jared Kushner, para acompanhar de perto o avanço das negociações. No sábado (4), Trump foi enfático ao advertir o Hamas: “Não toleraremos qualquer atraso” na implementação da proposta.

De acordo com informações do Departamento de Estado, o plano exige que, uma vez aceita a proposta por ambas as partes, Israel recuaria inicialmente entre 1,5 km e 3,5 km dentro do território palestino. Após esse movimento, o cessar-fogo entraria em vigor imediatamente, e os reféns seriam libertados em até 72 horas.

“O Hamas está muito interessado em alcançar um acordo para acabar com a guerra e iniciar imediatamente o processo de troca de prisioneiros”, declarou, sob condição de anonimato, um dos líderes do grupo islâmico.

Reivindicações do Hamas

Durante os contatos preliminares com os mediadores egípcios e americanos, o Hamas reiterou que qualquer avanço depende da suspensão total das ações militares de Israel na Faixa de Gaza.

Entre as exigências, o grupo citou: paralisação dos bombardeios, fim das missões de reconhecimento aéreo e retirada imediata das tropas israelenses da Cidade de Gaza. Em contrapartida, segundo o próprio Hamas, suas forças e outras facções da resistência também cessariam as operações militares.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, reforçou que, em caso de acordo, os ataques israelenses deverão cessar. A fala reforça o esforço dos EUA para estabelecer um ponto de equilíbrio entre o compromisso do Hamas com o cessar-fogo e a redução progressiva da presença militar israelense.

Posição de Netanyahu

Apesar do apoio declarado ao plano de Trump, Benjamin Netanyahu já sinalizou que o Exército de Israel permanecerá presente na maior parte da Faixa de Gaza. Atualmente, o governo israelense afirma controlar cerca de 75% do território do enclave.

Ainda assim, uma equipe israelense de negociadores embarca neste domingo para o Egito, com início das negociações previsto para a segunda-feira (6). Segundo a porta-voz de Netanyahu, a missão da comitiva será debater os aspectos técnicos do plano, com foco na liberação dos reféns sequestrados durante o ataque de 2023.

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