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POLÍTICA

Haddad alerta que PLAntifacção pode enfraquecer PF e Receita em combate ao crime organizado

Ministro afirma que projeto aprovado na Câmara vai "asfixiar financeiramente" investigações em andamento

19 novembro 2025 - 11h50Redação
FernandoHaddad afirma que PL Antifacção aprovado pela Câmara pode comprometer atuação da Polícia Federal e Receita
FernandoHaddad afirma que PL Antifacção aprovado pela Câmara pode comprometer atuação da Polícia Federal e Receita - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quartafeira (19) que o texto do Projeto de Lei 254/2025, também chamado de “PL Antifacção”, aprovado pela Câmara dos Deputados na noite da terçafeira (18), tem o potencial de "asfixiar financeiramente" a Polícia Federal e enfraquecer a atuação da Receita Federal — justamente num momento em que essas corporações desenvolvem operações de grande alcance contra organizações criminosas.

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Haddad citou três investigações que, segundo ele, estão entre as maiores da história do país: o combate a fundos da Faria Lima que estariam lavando dinheiro para o crime organizado; a luta contra a máfia do combustível no Rio de Janeiro; e a descoberta de uma fraude no serviço bancário. “Essas operações vão ser enfraquecidas com esse projeto”, disse ele aos jornalistas no prédio da VicePresidência da República, em Brasília.

O ministro esclareceu que ainda não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o teor do projeto — relatado pelo Guilherme Derrite (PP–SP) —, mas que pretende levar a discussão à autoridade durante viagem à África do Sul. Ele ressaltou a importância de manter o fortalecimento de instituições como a PF, os Ministérios Públicos federal e estaduais, a Receita e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para ampliar o enfrentamento ao crime organizado.

O ministro recordou que entre agosto e agora foram desencadeadas as maiores operações de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado do período recente. “Não podemos deixar essas operações serem enfraquecidas por um relatório açodadamente votado, sem que os especialistas fossem ouvidos, sem que os órgãos fossem ouvidos adequadamente, à luz do dia”, afirmou.

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