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12 de outubro de 2025 - 23h12
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POLÍTICA

Guimarães aposta em Jorge Messias para o STF e diz que Lula não aceitará retrocessos

Líder do governo na Câmara afirma que indicação será rápida e que ele e Gleisi Hoffmann apoiam o atual advogado-geral da União

12 outubro 2025 - 20h00Brasília
Deputado José Guimarães durante votação na Câmara.
Deputado José Guimarães durante votação na Câmara. - (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, afirmou acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem um nome praticamente definido para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a saída de Luís Roberto Barroso. Em entrevista ao podcast As Cunhãs, o parlamentar disse que “sabe por onde Lula vai” na escolha, e confirmou que o advogado-geral da União, Jorge Messias, tem seu apoio — e também o da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

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“A indicação para a Suprema Corte tem que ter os predicados, mas não dá para indicar qualquer fuleragem e fazer tudo contra a democracia”, afirmou. Segundo Guimarães, o contexto atual exige comprometimento com a estabilidade institucional: “O que está em jogo neste momento é não permitir qualquer ameaça ao funcionamento democrático das instituições”.

Ele aproveitou o tema para elogiar o papel do ministro Alexandre de Moraes, que tem se destacado no combate às ameaças às instituições democráticas.

Disputa pela vaga tem outros nomes cotados - Além de Jorge Messias, nomes como Rodrigo Pacheco (presidente do Senado), Bruno Dantas (ministro do TCU) e Vinícius Carvalho (ministro da CGU) também são mencionados como possíveis indicados por Lula. No entanto, Guimarães sinaliza claramente preferência por Messias, ressaltando seu alinhamento com o governo e sua trajetória jurídica.

A escolha do novo ministro será para ocupar a vaga deixada por Barroso, que assumiu a presidência do STF no lugar de Rosa Weber e se aposentará em breve.

Reforma administrativa fora da pauta, diz líder do governo - Ainda no podcast, Guimarães disse que este não é o momento para discutir a reforma administrativa. Para ele, o país vive um clima político tenso e está próximo de um novo ciclo eleitoral, o que exigiria cautela nas pautas apresentadas ao Congresso.

“Estamos às vésperas da eleição, com temas importantes para o país a serem votados ainda. Meter a reforma administrativa em debate agora… não é o momento”, afirmou. Segundo ele, o governo deve se concentrar em pautas estratégicas e deixar esse tipo de reforma para depois do pleito de 2026.

Projeto pessoal: candidatura ao Senado - Guimarães também declarou que seu foco político está voltado para uma vaga no Senado. “Não pretendo ser candidato a mais nada. E tenho 200 mil votos. Me sinto hoje já senador na prática”, afirmou.

Durante a entrevista, ele destacou seu histórico dentro do PT, dizendo que sua lealdade ao partido deveria ser reconhecida: “Na política, é muito importante botar a memória na mesa”, disse. Em tom bem-humorado, chegou a dizer que merecia uma estátua na sede do partido.

Críticas internas e lembranças de 2018 - O deputado também relembrou o período em que Lula esteve preso e criticou colegas de partido que, segundo ele, se distanciaram do ex-presidente naquele momento. “Tem gente que hoje posa ao lado do Lula, mas que no passado já quis sair do PT”, alfinetou.

Guimarães disse que, em 2018, ele e Luizianne Lins foram os únicos nomes de destaque no Ceará a apoiar Fernando Haddad na corrida presidencial, após Lula ser impedido de disputar. “Todos eles, inclusive uma parte do PT, estavam encantados com a campanha do Ciro Gomes”, comentou, em referência ao então presidenciável do PDT.

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