
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou governadores da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal para uma reunião em Brasília, na próxima quinta-feira (28), com o objetivo de alinhar estratégias nacionais de prevenção e combate às queimadas. Mato Grosso do Sul, que abriga parte do bioma pantaneiro, confirmou presença na agenda.

O governador Eduardo Riedel (PP), impossibilitado de comparecer por compromissos anteriores, será representado pelo vice-governador, José Carlos Barbosa (PSDB), conhecido como Barbosinha, ou pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.
“Quinta, eu já tenho agenda. Mas o governo vai estar presente lá, com certeza. A gente está acabando o período de queimada e tivemos um ano muito positivo”, afirmou Riedel nesta segunda-feira (25), ao destacar que, apesar de focos pontuais, a temporada de incêndios em 2025 foi menos severa do que o previsto. Segundo ele, a expectativa é que as primeiras chuvas em setembro colaborem com a redução dos focos remanescentes.
O encontro busca antecipar ações e evitar situações de emergência ambiental como as que ocorreram em anos anteriores, quando a crise das queimadas ganhou repercussão internacional. Na ocasião, o governo federal destinou R$ 514,4 milhões em crédito extraordinário para ações de combate ao fogo e à seca na Amazônia.
Desde então, o Ministério do Meio Ambiente ampliou sua capacidade de resposta, com aumento de mais de 70% no transporte de brigadistas, duplicação da capacidade de lançamento de água por aeronaves e disponibilização de mais de 800 viaturas para operações em campo.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem reiterado o compromisso do país em atingir desmatamento zero até 2030. No último ano, houve aumento de 4% no desmatamento da Amazônia, enquanto o Cerrado registrou queda de 20,8%, com reduções expressivas em estados como Minas Gerais, Maranhão e Tocantins.
A presença de representantes de Mato Grosso do Sul é considerada estratégica, em razão da recorrência de incêndios no Pantanal nos últimos anos. O bioma, compartilhado com o Mato Grosso, é considerado prioritário nas ações preventivas e de monitoramento ambiental promovidas pelos entes federativos.
