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18 de dezembro de 2025 - 16h37
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ESTRADAS

Governo se antecipa à reforma tributária para proteger as estradas de Mato Grosso do Sul

Riedel diz que extinção do Fundersul exige novas soluções e afirma que Estado já planeja como manter e ampliar a malha rodoviária

18 dezembro 2025 - 13h02Ricardo Eugenio
O governador Eduardo Riedel fala durante coletiva nesta quinta-feira, em Campo Grande, ao tratar de planejamento, parcerias institucionais e prioridades da gestão, enquanto auxiliares acompanham a conversa.
O governador Eduardo Riedel fala durante coletiva nesta quinta-feira, em Campo Grande, ao tratar de planejamento, parcerias institucionais e prioridades da gestão, enquanto auxiliares acompanham a conversa. - (Foto: A Crítica)

Na manhã desta quinta-feira (18), o governador Eduardo Riedel falou sobre um assunto que começa a ganhar forma, mas só vai mudar de vez daqui a alguns anos. A reforma tributária, aprovada no país, entra em fase de transição em 2026 e muda a forma como estados arrecadam e usam impostos.

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Uma das mudanças atinge diretamente Mato Grosso do Sul. Com a reforma, o Fundersul, fundo usado há anos para pagar obras e manutenção de rodovias, vai deixar de existir. O motivo é simples. A principal fonte de dinheiro do fundo vem do imposto sobre combustíveis, que será substituído pelo novo modelo tributário.

Riedel explicou que o governo já sabia que isso iria acontecer e começou a se preparar antes. Segundo ele, esperar a reforma entrar em vigor para agir seria um erro.

“Depois da reforma, acabou o Fundersul”, disse o governador, ao explicar que a mudança faz parte do novo sistema de impostos adotado no país.

Hoje, o desafio do Estado é pensar como manter uma malha rodoviária maior do que a de anos atrás, sem um fundo específico para isso. Para Riedel, essa discussão já está em andamento dentro do governo.

Infográfico mostra como Mato Grosso do Sul se antecipa à reforma tributária, reorganiza recursos e planeja a manutenção das rodovias com o fim do Fundersul.
Infográfico mostra como Mato Grosso do Sul se antecipa à reforma tributária, reorganiza recursos e planeja a manutenção das rodovias com o fim do Fundersul.

“Qual é o modelo que o Estado vai adotar para manter esse volume de rodovia? Essa é uma questão estratégica que a Secretaria já está pensando”, afirmou.

A reforma tributária não muda tudo de uma vez. Ela será aplicada aos poucos, entre 2026 e 2033. No começo, os novos impostos funcionam quase como um teste. Só depois de alguns anos é que o sistema atual será totalmente substituído.

Mesmo assim, o Governo de Mato Grosso do Sul decidiu agir antes. Em 2023, o Estado se reuniu com os municípios e enviou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa. A proposta mudou a forma como o dinheiro ligado aos combustíveis é tratado.

Na prática, o valor que antes ia direto para o Fundersul passou a ficar dentro do orçamento do Estado e dos municípios. Isso dá mais liberdade para planejar como e quando os recursos serão usados.

O governo afirma que os municípios não perderam dinheiro com a mudança. A divisão do imposto segue garantida por lei. O que mudou foi a forma de gestão.

Com isso, o Estado ganha tempo para organizar novas soluções, como concessões e parcerias, e evita correr atrás de respostas quando a reforma estiver valendo por completo.

Para Riedel, a palavra-chave é antecipação. Planejar agora é a forma encontrada pelo governo para atravessar a transição tributária sem sustos e manter os investimentos em infraestrutura nos próximos anos.

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