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POLÍTICA

Índice de governabilidade de Lula cai pelo segundo mês seguido e segue abaixo de 50 pontos

Levantamento aponta estabilidade na relação com o Congresso, queda diante do STF e leve melhora na opinião pública; expectativa para agosto é de nova retração

11 agosto 2025 - 11h25Geovani Bucci
O presidente Lula
O presidente Lula - (Foto: ABrasil)

O Índice de Governabilidade (I-Gov) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou novamente em julho, registrando 46,2% contra 46,8% no mês anterior. É a segunda queda consecutiva e o 13º mês seguido que o indicador permanece abaixo dos 50 pontos - patamar não alcançado desde junho de 2024.

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O levantamento, produzido pela 4Intelligence e divulgado pelo Estadão/Broadcast, mede a capacidade do governo de aprovar sua agenda junto ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de avaliar sua repercussão na opinião pública.

A relação de Lula com o Legislativo manteve-se estável, mas em nível baixo, com apenas 19% de governabilidade. No período, o Planalto conseguiu aprovar duas Medidas Provisórias sem alterações, mas viu outras duas serem rejeitadas.

No Judiciário, o índice recuou de 82% para 78%, influenciado por decisões pontuais do STF contrárias a interesses do governo. Apesar disso, a Corte não impôs derrotas diretas à agenda atual do Executivo, com impactos vindos apenas de processos referentes a gestões anteriores.

Opinião pública e comparação histórica - Na esfera da opinião pública, houve leve melhora: de 40% para 42%, impulsionada por pesquisas da Quaest, Datafolha e PoderData, que mostraram recuperação na avaliação do presidente. Ainda assim, o desempenho continua sendo o mais baixo de toda a história de Lula na Presidência.

O cenário atual é 11 pontos inferior ao registrado por Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período de 2021 e distante dos índices obtidos por Lula em seus dois primeiros mandatos (83% em 2005 e 71% em 2009).

A expectativa do instituto é de nova queda em agosto, diante de uma conjuntura de tensão política: ações de obstrução da oposição no Congresso em resposta à prisão domiciliar de Bolsonaro e ameaça de partidos como PP e União Brasil romperem definitivamente com a base governista.

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