
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quinta-feira (4) que a aprovação da anistia aos condenados por participação na tentativa de golpe de Estado representaria um “vexame internacional”. A declaração foi dada em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte.

Para Gleisi, o perdão aos envolvidos no episódio seria um retrocesso e passaria uma imagem negativa do Brasil no exterior. “Isso vai ser um vexame internacional se acontecer, porque nós estamos dando uma demonstração de defesa da democracia no mundo com esse processo, mas também com a postura que nós estamos tendo em relação às pressões externas. O Congresso não pode compactuar com isso e ser um agente do desrespeito ao Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
A ministra ainda criticou a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), associando a proposta de anistia a um gesto político direcionado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
União Brasil e PP fora da base
Durante a entrevista, Gleisi também comentou sobre o desembarque do União Brasil e do Progressistas (PP) da base do governo Lula. Segundo ela, a saída não deve gerar problemas internos, desde que os integrantes que permanecerem no Executivo mantenham apoio à gestão petista.
“Quem quer sair saia, ninguém é obrigado a ficar. Mas quem ficar tem que apoiar o presidente Lula, tem que apoiar os programas do governo, tem que fazer articulação no Congresso Nacional para as nossas propostas”, disse. Gleisi reforçou ainda que a regra vale tanto para ministros quanto para ocupantes de cargos indicados por essas legendas.
A chefe da SRI também destacou investimentos previstos para o Rio Grande do Norte. Entre as obras citadas está a duplicação da BR-304, cuja execução deve começar até o fim deste ano.
