
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (2) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva respeita a decisão do PP e do União Brasil, que integram a federação União Progressista, de deixar a base aliada.

“Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP (União Progressista). Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair”, declarou Gleisi em publicação no X (antigo Twitter).
Compromisso exigido dos que ficam
Segundo a ministra, os partidos e lideranças que permanecem no governo precisam assumir compromisso com a agenda da gestão petista.
“Quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia, o estado de direito e nossa soberania”, afirmou.
Ela destacou que o recado vale não apenas para parlamentares, mas também para quem indica nomes para cargos no Executivo, em órgãos da administração direta, indireta ou regionais.
Decisão dos partidos pressiona ministros
Na segunda-feira (1º), os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do União Brasil, Antonio Rueda, anunciaram oficialmente a saída da federação da base do governo.
O comunicado determinou que todos os integrantes ligados às siglas devem entregar seus cargos na administração federal. “Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus Estados, haverá o afastamento em ato contínuo”, diz a nota da União Progressista.
A medida afeta diretamente os ministros André Fufuca (Esportes) e Celso Sabino (Turismo). Já Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) não devem ser atingidos, por não serem filiados ao União Brasil. Ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Movimentos nos bastidores
Nos bastidores, Sabino tem buscado uma solução com o União Brasil e o Planalto para se manter no cargo. Fufuca, por sua vez, resiste a deixar a pasta do Esporte, mas, segundo Ciro Nogueira, “é um cara de partido” e “o bom senso vai prevalecer”.
