
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta quarta-feira, 2, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do que ela chamou de "ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais".

O debate, a divergência, a disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza os ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado @HugoMottaPB, o que repudio. Não é assim que vamos construir as saídas para o Brasil,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 2, 2025
Gleisi disse que "debate, divergência e disputa política fazem parte da democracia", e que não autorizam os ataques contra Motta. A declaração da ministra ocorre como uma tentativa de reaproximação em meio ao embate da queda de braço entre Planalto e Congresso envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Após a derrubada do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentava o IOF, o governo partiu para a estratégia do "nós contra eles". Em uma série de publicações, governistas e aliados tentam mostrar que os mais ricos estão isolados porque 99% da população, incluindo a classe média, defende "justiça tributária".
Uma vez espalhadas pelas redes, o tom das publicações escalou para investidas responsabilizando pessoalmente Motta, se referindo a ele como "inimigo do povo" e o qualificando como "traidor".
Enquanto o povo rala pra pagar aluguel, pegar ônibus lotado e esperar horas no SUS, tem parlamentar mamando em emenda milionária como se fosse leite premium.
— TΛTΛ CΛVΞIRΛ (@srtatacaveira) July 1, 2025
O Congresso virou creche de luxo pra político mimado, com direito a berço esplêndido
HUGO MOTTA TRAIDOR. pic.twitter.com/SvSJkoZjKq
Como mostrou a colunista do Estadão Vera Rosa, todos os ministros foram orientados a seguir a campanha, mesmo que o Congresso revide.
Motta já reagiu, e em recado ao Planalto divulgou um vídeo em suas redes sociais em que diz que "quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos".
