
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes respondeu neste domingo (7) às críticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, negando a existência de uma “ditadura da toga” e afirmando que não há ministros “agindo como tiranos” no Brasil. Mendes também criticou a possibilidade de conceder anistia aos acusados pela trama golpista, ressaltando que crimes contra a democracia não podem ser perdoados.

“O Brasil não suporta mais as sucessivas tentativas de golpe que ameaçam a democracia e a liberdade do povo. Crimes contra o Estado Democrático de Direito devem ser punidos com rigor e jamais se repetirão”, afirmou Mendes em publicação nas redes sociais.
Sem citar diretamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ministro rebateu críticas a colegas da Corte e destacou que a verdadeira liberdade depende do fortalecimento das instituições, não de ataques a elas. “O STF cumpre seu papel de guardião da Constituição, impedindo retrocessos e preservando garantias fundamentais”, acrescentou.
Mendes ainda relembrou episódios do governo Bolsonaro, como a condução da pandemia da covid-19, ataques ao sistema eleitoral, acampamentos em quartéis pedindo intervenção militar, tentativas de golpe e ameaças a autoridades, para enfatizar os perigos do autoritarismo e a importância da atuação da Corte.
