
A política costuma ser feita de discursos, números, articulações e disputas. Mas, às vezes, ela também se move por outros caminhos. Na manhã desta quarta-feira (14), um desses caminhos se desenhou no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Gerson Claro, que recebeu a visita do arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa.

Nada ali era sobre leis ou projetos. A pauta era outra: espiritualidade, respeito e compromisso com a fé que move tanta gente. Dom Dimas levou pessoalmente o convite para o Jubileu das Autoridades, que vai abrir a programação do Jubileu da Esperança, celebrado pela Igreja Católica em 2025.
O deputado aceitou o convite e garantiu o apoio da Assembleia à iniciativa. “A Assembleia não poderia ficar de fora”, disse ele, ao destacar a importância de manter valores humanos e sociais vivos também na política.

Um tempo pra respirar e refletir - Na tradição cristã, o jubileu é um tempo de pausa, de recomeço, de rever as atitudes. Um tempo pra pedir perdão e também pra partilhar esperança. Em 2025, a Igreja Católica convida o mundo inteiro a refletir sobre isso. Em Campo Grande, a Arquidiocese prepara uma série de ações, e uma delas é reunir lideranças públicas para abrir o calendário — o chamado Jubileu das Autoridades.
A ideia é simples: fazer com que quem governa também olhe para dentro, e não só para os números.
Ética, fé e responsabilidade - Durante o encontro, Dom Dimas também falou sobre outro evento: o Congresso da União de Juristas Católicos, que vai tratar de temas como ética, vida pública e fé. “São pautas que tocam a todos, e é bom contar com a parceria da Assembleia”, disse o arcebispo, num tom que misturava gentileza e firmeza.
O deputado ouviu com atenção. E respondeu com aquilo que, mais do que palavras, importa nesse tipo de conversa: disposição para estar presente e apoiar.

Um gesto que fala mais alto - No fim, a visita de Dom Dimas não gerou manchetes sobre leis aprovadas ou debates acalorados. Mas foi um daqueles momentos que ajudam a lembrar que política não precisa estar sempre distante das pessoas.
Gerson Claro, ao abrir espaço para um diálogo como esse, mostra que também existe lugar para gestos pequenos com efeitos profundos. Um café, uma escuta, um “conte comigo”.
Num tempo em que a política parece girar rápido demais, olhar para algo que não cabe em planilha — como fé, tradição e comunidade — é também uma forma de governar.
