
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado Gerson Claro (PP), avaliou que a discussão sobre a suspensão das exportações de carne bovina para os Estados Unidos precisa deixar o campo político e ideológico para focar no diálogo e soluções práticas. A medida dos EUA, que passa a valer a partir de 1º de agosto, impõe uma tarifa de 50% sobre a carne brasileira, o que levou frigoríficos de MS a suspenderem os embarques para aquele mercado.

“É uma situação crítica que exige equilíbrio e diálogo. Espero que governo e empresários negociem rapidamente e sem a Lei da Reciprocidade, para que essa questão seja resolvida o quanto antes”, afirmou Gerson Claro em entrevista ao Jornal Midiamax.
O deputado lembrou que tanto o presidente Lula, do Brasil, quanto Donald Trump, dos Estados Unidos, adotam políticas tarifárias. Para ele, o importante é defender os interesses brasileiros, mantendo empregos e negócios e buscando abrir novos mercados para a carne sul-mato-grossense.
Apesar da suspensão da exportação para os EUA, os frigoríficos continuam com abates normais, exceto as plantas habilitadas para esse mercado, que deverão reduzir as escalas.
Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, explicou que a carne que não for exportada para os EUA poderá ser direcionada ao mercado interno de MS e do Brasil. Isso pode aumentar a oferta e reduzir o preço da proteína para o consumidor, além de impactar negativamente o valor da arroba do boi pago aos produtores. Contudo, a adaptação para redirecionar essa produção para outros mercados internacionais não é imediata, o que preocupa o setor.
A Assembleia Legislativa reforça a necessidade de soluções rápidas para minimizar os impactos da tarifa americana e garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva de carne em Mato Grosso do Sul.
