
Preso por planejar atentados contra autoridades, o general Mário Fernandes pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previsto para os dias 9 e 16 de novembro. O pedido está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
Custodiado no Comando Militar do Planalto, em Brasília, o militar quer fazer a prova na Universidade de Brasília (UnB) ou, caso não seja possível sair da prisão, participar do Enem na versão PPL, voltada a pessoas privadas de liberdade.
Segundo a defesa, a solicitação “visa à progressão educacional e profissional, bem como a futura remição de sua eventual pena”. Os advogados também pedem que a direção da unidade prisional seja notificada para viabilizar a aplicação do exame.
Mário Fernandes ficou conhecido por assumir a autoria do chamado Plano Punhal Verde e Amarelo, que previa ataques ao presidente Lula, ao ministro Alexandre de Moraes e ao vice-presidente Geraldo Alckmin. Mesmo com formação militar e supostos cursos superiores, o pedido ao STF não menciona graduação, mestrados ou doutorado.
“O estudo, mesmo que de forma autodidata, como é o caso da preparação para o Enem, é um fator de ressocialização e deve ser prestigiado”, diz a petição.

