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POLÍTICA

Moraes classifica "soco na mesa" como confissão de conspiração golpista

Ministro do STF diz que fala de general Heleno revela unidade entre Bolsonaro e aliados no plano de golpe

9 setembro 2025 - 11h15
Ministro do STF, Alexandre de Moraes
Ministro do STF, Alexandre de Moraes - Foto: WILTON JUNIOR
Terça da Carne

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a famosa expressão “soco na mesa”, dita pelo general Augusto Heleno em uma reunião ministerial de julho de 2022, representa uma confissão clara de conluio entre Bolsonaro e aliados na tentativa de golpe de Estado. A fala integra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e reforça o caráter planejado do crime contra a democracia.

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Segundo Moraes, a reunião revelou muito mais do que uma fala enfática: nela ficaram registradas menções como “virar a mesa antes das eleições”, ações contra instituições e pessoas, prisão de opositores, fechamento do TSE, criação de comissão eleitoral paralela e até um “gabinete pós-golpe”. Tudo isso, segundo ele, já constava na chamada “minuta do golpe”. “Não há confissão maior de unidade de desígnios para os crimes imputados pela PGR. Jair Bolsonaro fala, na mesma reunião, em guerra”, disse Moraes.

A declaração reforça as acusações da PGR de que houve artifícios orquestrados para interromper a transição democrática e manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. A citação do "soco na mesa" e a descrição detalhada dos planos confirmam os elementos centrais da investigação.

O caso está sendo analisado no âmbito do STF, dentro do processo conhecido como “núcleo 1” da trama golpista, que apura os líderes da conspiração contra o processo eleitoral e a democracia.

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