
O senador Flávio Bolsonaro (PLRJ) afirmou nesta sábado (22) que a prisão preventiva de seu pai, o expresidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), representa um “ato de covardia contra um homem inocente”. Segundo o parlamentar, a decisão judicial “não tem nada de jurídico; sempre foi política” e, se Bolsonaro estivesse fora das pesquisas, “não teria sido preso”.
Flávio Bolsonaro defendeu que a vigília que convocou em frente à residência do pai foi “um ato religiosopacífico” e não parte de planejamento para fuga ou derrubada do Estado. “A manifestação que eu convoquei foi uma vigília, um ato religioso”, disse, acrescentando que outras vigílias semelhantes com aglomerações já ocorreram sem consequência similar. Ele ainda atacou a fundamentação usada por Moraes: “O suposto fundamento que baseou a ordem de prisão é um absurdo completo, com total falta de nexo causal e sem fundamento jurídico”.
Afirmação sobre elegeração eleitoral e perseguição - Na transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, Flávio Bolsonaro referiuse ao contexto eleitoral: “Se o Bolsonaro quisesse fugir, nem mesmo no Brasil ele estaria voltado”. O senador afirmou acreditar que a motivação da medida não está ligada à lei, mas à política e à perseguição: ele acusou o ministro Moraes de retaliar o expresidente por razões diversas e irrelevantes aos fundamentos legais da prisão.
A prisão de Jair Bolsonaro foi decretada com base em descumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e risco de fuga, conforme decisão assinada por Alexandre de Moraes. Um dos elementos citados na ordem foi a convocação de vigília em frente à residência do expresidente — organizada por Flávio Bolsonaro — entendida como evento que poderia facilitar evasão ou tumulto.
O senador, porém, contestou diretamente essa narrativa, chamandoa de “pretexto”. A disputa política em torno do episódio reforça o clima de polarização institucional e eleitoral no país.

