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POLÍTICA

Flávio Dino compara provas do golpe de 1964 com tentativa de golpe de 2022

Ministro do STF afirma que ação supostamente liderada por Bolsonaro contou com documentação mais robusta que o golpe militar

11 setembro 2025 - 16h00Pepita Ortega, Lavínia Kaucz e Gabriel Hirabahasi
O ministro Flávio Dino votou nesta terça-feira, 9, na ação penal do golpe.
O ministro Flávio Dino votou nesta terça-feira, 9, na ação penal do golpe. - Foto: Rosinei Coutinho/STF
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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (11) que o golpe de 1964 teve "menos prova documental" do que a tentativa de golpe supostamente articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados em 2022. “Só faltou lavrar a ata”, declarou Dino, lembrando que as evidências sobre 1964 só se tornaram claras com a abertura dos arquivos do governo dos Estados Unidos.

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O comentário ocorreu durante uma participação conjunta com a ministra Cármen Lúcia, que votou pela condenação do núcleo principal do suposto golpe, formando maioria para condenar Bolsonaro e sete de seus aliados.

Cármen Lúcia destacou que o delator Mauro Cid não foi apenas um espectador, mas atuou colaborando diretamente com os atos criminosos. Segundo a ministra, a acusação contra o núcleo da trama golpista é reforçada por provas, manuscritos e planilhas, demonstrando que os crimes de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito estão comprovados nos autos.

“A organização criminosa documentou quase todas as fases da empreitada. Queriam demonstrar que deram o golpe, fazem maquete do projeto e fotografam”, explicou a ministra, ressaltando o caráter sistemático da ação.

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