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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de uma investigação sobre ameaças recebidas nas redes sociais. O ofício foi enviado nesta quarta-feira (11), um dia após ele votar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado.

Segundo Dino, as intimidações começaram “imediatamente após” o voto proferido na última terça-feira (9). Muitas mensagens faziam referência a um episódio no Nepal, em que a esposa de um ex-primeiro-ministro morreu em um incêndio durante protestos que culminaram na renúncia dele.
Entre os comentários citados no ofício estão frases como: “temos que fazer igual no Nepal” e “Nepal tá ensinando direitinho como se faz”.
No documento, o ministro alertou que esse tipo de discurso pode motivar atos violentos, como os ataques ao prédio do STF em anos anteriores.
“Como sabemos, há indivíduos que são conduzidos por postagens e discursos distorcidos sobre processos judiciais, acarretando atos delituosos — a exemplo de ataques ao edifício-sede do STF, inclusive com uso de bombas”, destacou Dino.
O magistrado também frisou que seu voto foi dado “no regular cumprimento da função pública que exerce”, seguindo o relator Alexandre de Moraes. Dino classificou Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que atentou contra as instituições e defendeu penas mais duras para ele e o general Braga Netto, apontados como protagonistas da tentativa de golpe.
Não é a primeira vez que o ministro enfrenta episódios de violência verbal. Na semana passada, quando embarcava para Brasília, Dino foi hostilizado por uma passageira dentro de um voo. A mulher acabou indiciada pela Polícia Federal por injúria qualificada e incitação ao crime.
