
Convencido de que estará competitivo na disputa presidencial de 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (9) que acredita vencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo ano. A declaração foi dada a jornalistas na porta da superintendência da Polícia Federal, onde reforçou que, “em breve”, projeta liderar até pesquisas consideradas favoráveis ao governo.
Flávio avaliou como correta a fala do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao mencionar a existência de outros nomes da direita aptos à disputa. Disse manter relação próxima com o governador e argumentou que a convergência entre as lideranças do campo conservador ocorrerá “no início ou no fim da eleição”, caso não haja unidade imediata.
Segundo o senador, a conversa mantida na segunda-feira (8) com os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, teve tom “franco”. Ele relatou que as siglas demonstraram preocupação com a possibilidade de sua candidatura não ganhar tração eleitoral — avaliação considerada natural por ele, diante do início da pré-campanha. Os partidos, segundo Flávio, devem agora consultar seus diretórios estaduais antes de avançar tratativas.
O pré-candidato afirmou que continuará percorrendo bases do PL e dialogando com legendas do Centrão para demonstrar a viabilidade de seu nome. A estratégia, disse, é convencer aliados de que a coalizão deve ser formada desde o primeiro turno, embora veja espaço para união em um “segundo momento”, caso necessário, para evitar o que descreveu como “um mergulho no precipício” político.
Flávio relatou ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu positivamente a repercussão do anúncio de sua pré-candidatura e gostou da manifestação pública de apoio feita por Tarcísio. Ele contou ter mostrado ao pai uma pesquisa em que aparece tecnicamente empatado com Lula, o que teria animado o ex-presidente, que o incentivou a seguir “firme” na corrida eleitoral.


