
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) saiu em defesa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após críticas de setores bolsonaristas à presença do chefe do Executivo paulista no lançamento do canal SBT News. Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, nesta terça-feira (16), o parlamentar reforçou a importância de Tarcísio no tabuleiro eleitoral de 2026 e defendeu a unidade da direita, mesmo diante de divergências internas.
Flávio afirmou que o governador paulista não pode ser tratado como adversário político. “O Tarcísio não é um traidor de forma alguma. Ele é uma peça fundamental, vital, nessa engrenagem que a gente vai articular em todos os Estados para ter sucesso na eleição nacional”, declarou. Segundo ele, diferenças existem, mas precisam ser relativizadas diante de um objetivo maior.
O senador classificou como “desconfortável” a participação de Tarcísio no evento da emissora de Silvio Santos, ocasião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fizeram discursos com recados políticos. Para Flávio, o momento foi um “dia ruim para todos os envolvidos”.
Ele também minimizou as imagens em que o governador aparece aplaudindo Moraes, alvo de críticas nas redes sociais. Na avaliação do senador, o gesto teve caráter protocolar e não representa alinhamento político. “Não é razoável rotular alguém como o Tarcísio, governador do Estado com o maior PIB e o maior colégio eleitoral do Brasil, como inimigo”, afirmou.
Flávio Bolsonaro destacou que, ao lançar sua pré-candidatura à Presidência, procurou inicialmente Tarcísio para uma conversa direta no Palácio dos Bandeirantes. Segundo ele, o governador sempre demonstrou lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro e reúne características valorizadas pelo eleitor paulista.
O senador ressaltou o perfil técnico e executivo de Tarcísio, lembrando sua passagem pelo Ministério da Infraestrutura e a atuação à frente do governo de São Paulo. Para Flávio, o Sudeste é estratégico para a eleição nacional, e uma eventual reeleição do governador paulista seria um palanque decisivo para o campo da direita em 2026.
“Ele precisa estar forte, eu preciso estar forte, e todos do nosso campo político também. Ainda que, num primeiro momento, não caminhem conosco”, afirmou.
Durante a entrevista, Flávio também comentou as especulações envolvendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como possível candidata ao Planalto. Ele avaliou como exageradas as críticas dirigidas a ela e disse manter uma relação próxima e sem conflitos com a madrasta, destacando que nunca houve atritos pessoais.

