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Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, se desculpou nesta sexta-feira, 25, por uma publicação que fez no X (antigo Twitter) no último dia 18. Na postagem, ele sugeria que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendesse a tarifa de 50% sobre as importações brasileiras e aplicasse sanções a pessoas que, segundo ele, estariam perseguindo cidadãos e empresas americanas.

O post causou polêmica e foi apagado por Flávio logo após ser publicado. Na mensagem, o senador afirmou: "O justo seria @realDonaldTrump suspender a taxa de 50% sobre importações brasileiras e meter sanção individual em quem persegue cidadãos e empresas americanas, viola liberdades, usa o cargo público para violar direitos humanos e implodir a democracia de um país para satisfazer seu próprio ego."
Em entrevista à CNN Brasil, o senador explicou que se arrependeu imediatamente após enviar a publicação. "Quando apertei o send (enviar), eu já me arrependi na hora, porque eu não quero ficar parecendo que estou fazendo alguma análise sobre se o Trump está certo ou errado", disse ele, reforçando que sua intenção não era criar uma polêmica sobre a postura do ex-presidente americano.

Flávio Bolsonaro também admitiu que tem consciência de que suas declarações são frequentemente monitoradas, especialmente no contexto atual da política brasileira.
Durante a entrevista, o senador falou sobre a taxação de 50% imposta por Trump sobre as importações do Brasil. Flávio acredita que a solução para esse impasse não depende da pressão externa, mas sim de ações internas. "Se o Brasil fizer o dever de casa, acaba a sanção no mesmo dia", afirmou, acrescentando que a situação poderia ser resolvida com a eleição de Jair Bolsonaro novamente, sugerindo que o país deixaria de ser tratado como uma "Venezuela" pelos Estados Unidos.
Flávio também defendeu que a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser uma prioridade para o Congresso. Ele vinculou o fim da taxação à aprovação dessa medida, algo que tem gerado críticas de opositores, que consideram essa postura uma "chantagem" para beneficiar o ex-presidente em detrimento da população.
Além disso, Flávio afirmou que o irmão, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não deve ser usado como justificativa para o aumento das tarifas. Ele se mostrou firme em sua defesa de que o processo de resolução do tarifaço está diretamente ligado à votação da anistia.
