
Após uma semana marcada por tensões internas, a família Bolsonaro se uniu em torno do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que anunciou nesta sexta-feira (5) ter sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como pré-candidato à Presidência em 2026.
Flávio afirmou em suas redes sociais ter recebido do pai a “missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, sem detalhar o cargo que disputará. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, demonstrou apoio total à candidatura do irmão, ressaltando que a escolha do povo foi “usurpada pela tirania” e que Flávio poderia impedir o PT de consolidar um novo governo em 2026.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também se manifestou publicamente, desejando bênçãos e sabedoria ao senador. A família deve visitar o ex-presidente na Polícia Federal na próxima terça-feira, em horários separados, para tratar de assuntos relacionados à candidatura.
Semana de conflitos e reconciliações
A semana foi marcada por um racha público entre Michelle e os enteados, após críticas da ex-primeira-dama à articulação do PL cearense em apoio ao ex-presidenciável Ciro Gomes. Flávio classificou a postura de Michelle como “arrogante e autoritária”, mas posteriormente pediu desculpas à madrasta, contribuindo para acalmar a crise.
Mesmo com a reconciliação, o senador assume agora o posto de porta-voz oficial do pai, enquanto Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos, e Carlos Bolsonaro segue com menor participação na linha de comando familiar. A decisão do PL consolida Flávio como principal interlocutor de Jair Bolsonaro durante a prisão do ex-presidente, com acesso privilegiado à Polícia Federal e ao círculo familiar.

