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POLÍTICA

Exército proíbe manifestações perto de quartéis durante julgamento de Bolsonaro no STF

Medida tenta evitar atos similares aos de 2022; segurança será reforçada em Brasília entre os dias 2 e 12 de setembro

1 setembro 2025 - 20h30Fellipe Gualberto
Exército não irá permitir manifestações em frente aos quartéis durante o julgamento de Jair Bolsonaro.
Exército não irá permitir manifestações em frente aos quartéis durante o julgamento de Jair Bolsonaro. - (Foto: Alex Silva/Estadão)
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O Exército decidiu não permitir manifestações nas proximidades de quartéis durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que terá início na próxima quarta-feira, 2 de setembro, e se estenderá até o dia 12. A decisão inclui uma recomendação expressa para impedir atos também no feriado de 7 de setembro, data simbólica da Independência do Brasil.

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A medida visa evitar a repetição dos episódios registrados após a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022, quando apoiadores do ex-presidente se instalaram em frente a unidades militares pedindo intervenção das Forças Armadas. Em Brasília, a remoção desses grupos no entorno do Quartel General do Exército só ocorreu após uma operação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

O julgamento no STF envolve oito réus apontados pela Procuradoria-Geral da República como integrantes do chamado "núcleo 1" da tentativa de golpe de Estado. Desses, seis são militares, incluindo o próprio Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército. Estão entre os acusados os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier e o tenente-coronel Mauro Cid. Também são réus o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o deputado federal Alexandre Ramagem.

A expectativa é que o julgamento atraia apoiadores do ex-presidente à capital federal, especialmente durante o feriado de 7 de setembro, quando manifestações políticas costumam ocorrer em Brasília.

Para prevenir tumultos, a segurança será intensificada na Praça dos Três Poderes. A partir da terça-feira, 1º, haverá uma operação conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e a Polícia Judicial, responsável pela proteção do Supremo. Por decisão do próprio STF, qualquer tentativa de acampamento ou obstrução na área está proibida.

O monitoramento da região será feito por drones e haverá reforço no patrulhamento ostensivo. A medida visa garantir a ordem pública e a segurança institucional durante os dez dias de julgamento.

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