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30 de outubro de 2025 - 19h22
POLÍTICA

Ricardo Galvão assume vaga de Boulos na Câmara e promete defender ciência e meio ambiente

Ex-diretor do Inpe e do CNPq toma posse como deputado federal por SP com foco em combate ao negacionismo e avanço tecnológico

30 outubro 2025 - 14h50Raisa Toledo
Ricardo Galvão assumiu como suplente na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 29
Ricardo Galvão assumiu como suplente na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 29 - (Foto: @ricardogalvaosp via Instagram)

O físico e ex-presidente do CNPq Ricardo Galvão (Rede-SP) tomou posse nesta quarta-feira (29) como deputado federal, assumindo a vaga deixada por Guilherme Boulos (PSOL-SP), que foi nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Lula.

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Conhecido por sua defesa firme da ciência e pelo enfrentamento público ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Galvão anunciou a posse com uma publicação nas redes sociais: “A ciência é o caminho, a democracia é o alicerce e a sustentabilidade é o destino”.

Ricardo Galvão ganhou notoriedade nacional em 2019, quando, como diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), contestou publicamente declarações de Bolsonaro que chamavam de “mentirosos” os dados sobre o desmatamento na Amazônia. Galvão defendeu a precisão das informações e foi exonerado do cargo logo após o episódio.

A postura firme diante do negacionismo ambiental e científico o levou a ser eleito pela revista Nature como uma das dez personalidades mais influentes para a ciência mundial naquele ano.

Em sua nova trajetória no Congresso, Galvão declarou que seu mandato será pautado pelo meio ambiente, ciência, tecnologia e educação. “A pauta principal é a questão climática, a linha de ação da Rede, e razão pela qual entrei na política”, afirmou.

Galvão pretende atuar em temas ligados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), criticando tentativas de redução orçamentária. Defende também a repatriação de cientistas brasileiros e o uso da ciência para fortalecer o setor industrial nacional.

Entre os exemplos citados está a exploração de terras raras, elementos estratégicos para tecnologias de ponta e que estão no centro da geopolítica global. “É uma questão de soberania científica e tecnológica para o país”, afirmou.

Ricardo Galvão afirmou que dará seguimento a pautas inacabadas do mandato de Boulos e destacou que o Brasil precisa de políticas públicas de longo prazo em ciência e educação, além de uma atuação parlamentar firme contra o negacionismo científico.

Nascido em Itajubá (MG), Galvão é doutor em Física de Plasmas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), professor titular aposentado da USP e membro de importantes instituições científicas brasileiras.

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