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12 de dezembro de 2025 - 19h32
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POLÍTICA

Retirada de sanções dos EUA libera acesso de Moraes a contas, cartões e serviços financeiros

Ministro do STF foi alvo da Lei Magnitsky durante governo Trump, após condenação de Bolsonaro

12 dezembro 2025 - 17h10Vanessa Araujo
Alexandre de Moraes teve sanções financeiras revogadas pelos EUA após condenação de Bolsonaro pelo STF.
Alexandre de Moraes teve sanções financeiras revogadas pelos EUA após condenação de Bolsonaro pelo STF. - (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/Arquivo)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve seu nome oficialmente retirado da lista de sanções da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos nesta sexta-feira (12). Com a revogação, deixam de valer as restrições financeiras impostas ao magistrado, que poderá voltar a acessar cartões de crédito, contas bancárias e outros serviços vinculados ao sistema financeiro norte-americano.

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A inclusão de Moraes nas sanções ocorreu em 30 de julho, durante o governo do ex-presidente Donald Trump, num contexto de pressão internacional sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

As sanções previstas na Lei Magnitsky permitem o bloqueio de bens, contas e serviços financeiros sob jurisdição dos EUA. Com a medida, Moraes ficou impedido de operar com bandeiras como Visa e Mastercard, tanto diretamente quanto por meio de bancos intermediários. Agora, com a retirada de seu nome da lista, o acesso a esses serviços tende a ser restabelecido gradualmente.

Além do ministro, sua esposa, Viviane Barci, também havia sido incluída nas sanções. Foi a primeira vez que o dispositivo legal foi utilizado contra membros do Poder Judiciário brasileiro.

O que é a Lei Magnitsky

A Lei Magnitsky foi criada em 2012, no governo Barack Obama, como resposta à morte do advogado russo Sergei Magnitsky. O jurista havia denunciado um esquema de corrupção envolvendo autoridades da Rússia e morreu em 2009, após ser preso em Moscou.

Inicialmente, a legislação foi aplicada apenas a autoridades e oligarcas russos. Posteriormente, passou a abranger qualquer indivíduo estrangeiro acusado de violações graves de direitos humanos ou corrupção. Administrada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, a norma permite o congelamento de ativos e restrições de visto a pessoas incluídas na lista.

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