
O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos negou nesta quarta-feira (24) a existência de um bloqueio contra Cuba e afirmou que a narrativa sobre o tema é “apenas uma das muitas mentiras da ditadura fracassada da ilha”.

A manifestação foi publicada na conta oficial do órgão na rede social X (antigo Twitter), um dia após o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar as sanções norte-americanas em discurso na Assembleia Geral da ONU.
“O povo cubano e o mundo podem ver com seus próprios olhos. Se a ‘revolução’ está indo tão bem, por que a ditadura tem tanto medo de eleições verdadeiramente livres e democráticas?”, escreveu o perfil do escritório.
Lula defende Cuba na ONU
Na terça-feira (23), em Nova York, Lula afirmou que é “inadmissível” que Cuba continue listada pelos EUA como país que patrocina o terrorismo. Ele defendeu o fim das sanções econômicas e disse que o bloqueio gera impactos severos para a população cubana.
O presidente brasileiro também lembrou que, em outras partes do mundo, intervenções internacionais “causaram danos maiores do que se pretendia evitar”, em crítica indireta às políticas externas de Washington.
Embate diplomático
A reação norte-americana expõe mais um ponto de divergência entre os dois países no cenário internacional. Enquanto Lula reforça sua posição histórica de defesa de Cuba em fóruns multilaterais, os EUA mantêm a pressão sobre o regime cubano, sobretudo após os protestos de 2021 e as denúncias de violações de direitos humanos na ilha.
