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25 de setembro de 2025 - 20h39
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GERAL

Haddad defende mais operações contra lavagem de dinheiro e cobra aprovação de projeto na Câmara

Ministro da Fazenda elogiou ação contra esquema ligado ao PCC e reforçou a necessidade de fortalecer a legislação contra fraudes fiscais

25 setembro 2025 - 15h30Mateus Maia e Renan Monteiro
Haddad disse esperar que haja mais desdobramentos de operações envolvendo a Receita contra o crime organizado e a lavagem de dinheiro
Haddad disse esperar que haja mais desdobramentos de operações envolvendo a Receita contra o crime organizado e a lavagem de dinheiro - (Foto: Diogo Zacarias/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25) que espera novos desdobramentos de ações da Receita Federal no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. A declaração foi dada a jornalistas na portaria do ministério, em Brasília.

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"Não se antecipa esse tipo de coisa, mas eu espero que sim", disse Haddad ao comentar a Operação Spare, deflagrada nesta manhã pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com a Polícia Militar, Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado.

A ação teve como objetivo desmantelar um esquema que envolvia exploração de jogos de azar, comércio de combustíveis adulterados e lavagem de dinheiro com o uso de fintechs. Segundo os investigadores, o esquema contava com a infiltração de membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e está relacionado à Operação Carbono Oculto, realizada em agosto.

Questionado sobre a possibilidade de envolver as Forças Armadas nesse tipo de operação, Haddad destacou que considera essa uma tarefa do poder civil. “Salvo o melhor juízo, eu penso que é o poder civil que tem que se organizar para combater o crime organizado”, declarou.

O ministro também aproveitou para cobrar do Congresso a aprovação do projeto que trata do devedor contumaz — pessoa ou empresa que comete fraudes fiscais de forma sistemática.

“Precisamos da votação na Câmara do Devedor Contumaz, que ainda não aconteceu. O Brasil tem uma legislação frouxa em relação a práticas reiteradas de fraude”, afirmou Haddad, reforçando que o endurecimento da legislação é essencial para combater esquemas como os revelados nas recentes operações.

Ele ainda lembrou que as fintechs passaram a ser reguladas no mesmo arcabouço jurídico dos bancos, mas que fake news sobre o Pix atrasaram a implementação da medida no início do ano.

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