
A equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai avaliar até a próxima segunda-feira, 29, a necessidade de um procedimento específico para tratar os episódios persistentes de soluços. A informação foi confirmada pelo cardiologista Brasil Caiado, que participou do acompanhamento da cirurgia de hérnia inguinal bilateral realizada nesta quinta-feira, 25, no Hospital DF Star, em Brasília.
Segundo o médico, a questão dos soluços passou a ser um ponto central na avaliação clínica de Bolsonaro, especialmente no período de recuperação após a cirurgia. A decisão sobre uma possível intervenção dependerá da resposta do paciente a um novo tratamento clínico iniciado pela equipe.
“Até segunda-feira, como nós estamos inserindo um novo tratamento e mais otimizado, nós vamos ver como é a evolução clínica dele, como está espaçada a redução do soluço, o quadro do soluço”, explicou Caiado.
De acordo com o cardiologista, o sintoma preocupa porque impacta diretamente o bem-estar do ex-presidente e pode interferir no processo de recuperação. “O soluço é um sintoma dele que preocupa muito porque gera muito cansaço nele, prejudica o sono. Quer dizer, você no pós-operatório precisa do organismo se recuperar, e ele está sendo praticamente agredido por esse soluço”, afirmou.
A equipe médica avalia que, neste momento, a prioridade é tentar resolver o problema de forma clínica, evitando intervenções mais agressivas. Caiado ressaltou que a cautela faz parte da estratégia adotada desde a cirurgia.
“É uma preocupação recorrente nossa e dele também. Mas nós estamos muito de olho nisso aí. É um ponto central hoje, além da cirurgia, é essa questão de resolvermos a questão do soluço, na medida que for possível, sempre lembrando: sendo menos invasivo possível”, disse.
A reavaliação prevista para a próxima segunda-feira deve definir se haverá necessidade de um procedimento adicional. Até lá, Bolsonaro segue internado e sob observação médica, enquanto a equipe monitora a evolução do quadro clínico e a resposta ao tratamento.

