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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga esteve em Campo Grande nesta sexta-feira (16) para conhecer a estratégia de vacinação no Estado. Atualmente, Mato Grosso do Sul é líder no índice de vacinação contra a Covid no País, com mais de 2 milhões de doses aplicadas na população.

Durante a passagem na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), o ministro ressaltou que o próximo passo é a aplicação em adolescentes de 13 a 17 anos. O assunto será discutido na próxima reunião do Programa Nacional de Imunização (PNI). Além da boa notícia, Queiroga reforçou que até setembro toda a população brasileira acima de 18 anos será vacinada com uma dose do imunizante. “Eu posso assegurar a vocês que toda a população brasileira será vacinada com uma dose e 50% terá recebido duas doses da vacina. Até o fim do ano com apoio de todos vocês vamos imunizar toda a população brasileira maior de 18 anos. Além disso, posso adiantar que os adolescentes de 13 a 18 serão incluídos na próxima reunião do PNI”, explicou.
Sobre a distribuição dos imunizantes, o ministro reforçou que não é o responsável pela distribuição das doses pelo País. “Não é o ministro que determina se as doses vão para aqui ou outro lugar. Se dependesse de mim eu ficaria tentado em mandar para o Mato Grosso do Sul ou para minha Paraíba, mas quem faz essa distribuição é o PNI. Essa estratégia foi pactuada em 2010, época que não havia sequer uma vacina com registro da Anvisa. Essa narrativa ‘de que não houve planejamento’ cai por terra, pois em novembro tínhamos um programa de imunização pactuado com os estados e municípios”, explica.
O médico também enfatizou o compromisso da União com a saúde de todos os brasileiros. “Nosso compromisso é de levar políticas que tragam resultados capazes de mudar o cenário pandêmico desta doença na ponta. Saúde é um direito de todos, e também dever do Estado, e deve ser implementado na prática pelo maior sistema de Saúde aberto e gratuito do mundo, que tem sido nossa grande ferramenta, o SUS. A esperança são as vacinas e nesse sentido a União se empenhou desde o primeiro momento a uma campanha de imunização, e Mato Grosso do Sul mostra que isso é possível, desde que tenhamos vacinas”, destacou.
O ministro esteve na Assembleia Legislativa de MS
O secretário de Saúde, Geraldo Resende falou sobre a abertura de centros pós-covid para nas principais macrorregiões do Estado. “Aproveito aqui para fazer um pedido para o ministro de Saúde, pretendemos abrir quatro centros de recuperação pós-covid para as macrorregiões do Estado. Seria então um em Campo Grande, outro em Corumbá, um em Três Lagoas e um em Dourados. Precisamos também transformar um hospital nosso que já é exemplar, o São Julião, em referência de doenças crônicas e degenerativas para os idosos. Precisamos de financiamento, recursos federais pleiteados junto a bancada, e o Governo do Estado entra também com parte do recurso”, detalhou.
Em Campo Grande, para acolher essas pessoas e garantir sua saúde, foi criado um serviço pioneiro de reabilitação no País, que em parceria com a Apae já recebeu 573 encaminhamentos, destes, 410 apareceram para o acolhimento.
O Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande (CER/APAE), primeiro ambulatório para tratamento de pacientes com doenças residuais provocadas pela Covid-19, atualmente assiste 350 pessoas. Do total, 30 pacientes já receberam alta e outros 28 desistiram do tratamento. Para fazer o encaminhamento é preciso passar em uma Unidade Básica de Saúde, onde será feito o agendamento para avaliação do caso.
Indo contra o discurso de Bolsonaro, o ministro ainda alertou para as medidas de prevenção e as consequências da doença. “Não tenho dúvidas de que a vacina seja o grande diferencial. Há mais de uma semana estamos analisando uma queda no número de casos, óbitos, e a medida que a vacina avança os indicadores vão melhorar a cada dia. Mas nem tudo é vacina. Precisamos enfrentar a pandemia no sentido da prevenção e pelas consequências também. São as implicações causadas no organismo das pessoas que contraíram o vírus e ainda tem vestígios da doença no sistema imunológico. Temos que nos programar para ter condições orçamentárias. Precisamos de um apoio do Congresso Nacional para que tenhamos um orçamento organizado e que possamos atender os estados e municípios. Com isso teremos um cenário melhor para o ano de 2022”, finaliza.
Rogério Leite, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) agradeceu a presença do ministro da Saúde na reunião. “Muita honra ter a primeira CIB com a presença de várias autoridades e da autoridade maior na área da Saúde da federação. O nosso sucesso é fruto de um trabalho realizado em conjunto que une diversas forças, e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para que a imunização chegasse a qualquer lugar necessário no Estado. Foram planejamento em conjunto, e o trabalho incessante em equipe da SES, Ministério da Saúde e secretarias de saúde municipal. Trabalhamos pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em benefício da família sul-mato-grossense”, frisou.
Sobre a distribuição dos imunizantes, o ministro reforçou que não é o responsável pela distribuição das doses pelo País
O ministro visitou o drive-thru da vacinação no Parque Ayrton Senna. Em seguida, participa da recepção de Boas-vindas - Encontro com Residências Médicas de Saúde da Família e Residência Multiprofissional, onde assinou o Termo de Compromisso para estruturação do Centro de Especialidades Odontológicas Tipo II e Termo de Compromisso para o credenciamento de 68 Equipes de Saúde Bucal.
Ainda hoje vai fazer uma visita à unidade básica de saúde Moreninha e na Unidade Escola do Projeto Laboratório de Inovação de Atenção Primária. A agenda terá continuidade no ambulatório pós-Covid na APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais), primeira do país atendendo 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por último, o ministro vai visitar o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) retornando para Brasília às 17h30.
