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ELEIÇÕES 2022

Em entrevista ao Grupo Feitosa, Hélio Peluffo reforça apoio a Eduardo Riedel para governador

O prefeito de Ponta Porã lembrou que escolha por candidato mal preparado pode significar um retrocesso para Mato Grosso do Sul

25 outubro 2022 - 11h20Da redação
Prefeito de Ponta Porã, Helio Peluffo, do PSDB.
Prefeito de Ponta Porã, Helio Peluffo, do PSDB. - (Foto: Divulgação)

Em entrevista concedida nesta terça-feira (25/10) ao Programa Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, o prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB), reforçou seu apoio à candidatura do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), ao Governo do Estado. “Tenho alguns anos de vida pública, sou uma pessoa muito persistente. Tudo é possível de se resolver com mais ou menos dificuldade. Tenho assistido ao longo da minha vida pública, algumas pessoas que se aventuraram no serviço público. Um exemplo é Dourados, que pagou caríssimo pela eleição do Ari Artuzzi como prefeito, um homem que se apresentava como simples, como humilde e a população pensou que aquela humildade e simplicidade dele poderia fazer uma boa gestão no município. E aconteceu o que aconteceu”, lembrou.

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Ele também citou como exemplo Campo Grande, que também pagou um alto preço pela eleição do deputado estadual Alcides Bernal como prefeito. “De vez em quando, o eleitor tende a ser influenciado por alguma coisa que parece ser fácil, parece que vai dar certo e acaba cometendo erros. Uma eleição que perdi para o ex-prefeito Ludimar Novais, parte da culpa foi minha, porque não tive capacidade de convencer a população, e parte foi da população, que foi influenciada e aconteceu um desastre no município. O Ludimar foi o vereador mais votado em Ponta Porã, uma pessoa de presença agradável, que falava bem, advogado, boa pinta e fortão. E, quando virou prefeito, foi um desastre para Ponta Porã. E isso não foi diferente em Campo Grande quando elegeram como prefeito o ex-deputado Bernal, radialista, 20 anos de rádio, comunicador, carismático, dava muitos prêmios nos seus programas. Em Dourados, não foi diferente”, lamentou.

Segundo Hélio Peluffo, hoje é Mato Grosso do Sul que corre esse risco, pois o eleitor tem agora o “Capitão Bernal”, referindo-se ao candidato do PRTB ao Governo do Estado, deputado estadual Capitão Contar, e o ex-prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP). “Corremos o risco de entregar o Estado para alguém que vai aprender a administrar durante seu Governo. Não dá tempo, o futuro governador tem que chegar já sabendo, para ser governador ou prefeito, você tem de chegar sabendo. Prefeitura e Governo do Estado não são lugares para se aprender a administrar, são locais para pessoas preparadas e com melhores projetos de gestão”, reforçou.

O prefeito de Ponta Porã lembra que parceria é a forma mais eficiente e mais barata para se resolver os problemas de um município do tamanho de Ponta Porã. “Quando se tem bons parceiros, com certeza, você terá bons resultados. Quando se tem projetos ruins e parceiros piores ainda, o resultado é zero. Não se faz nada sozinho e Ponta Porã é um exemplo disso, pois, recebi a administração em 2016 com um orçamento de R$ 220 milhões por ano e vou entregar no fim do meu mandato como prefeito com orçamento de R$ 1 bilhão por ano. Isso é o crescimento do município, que não aconteceu sozinho, foi graças aos investimentos que o Governo do Estado fez. Criar uma estrada que sai da cabeceira do Rio Apa e chega lá nas cidades de Jardim e Guia Lopes da Laguna custou mais de R$ 200 milhões. Temos ainda a rodovia estadual MS-166, que sai da cabeceira do Apa e chega até Sidrolândia e a estrada que sai na BR-463 e vai chegar a Fátima do Sul. São novos caminhos que foram construídos pelo Estado e novos caminhos trazem novas riquezas”, detalhou.

Ele ressaltou ainda a pujança do agronegócio, que impulsiona Ponta Porã e região de forma muito forte. “Mas, sozinho, jamais conseguiria fazer essas rodovias. Nós hoje temos um hospital regional com mais de 600 funcionários, é o único hospital público do Estado a receber a Acreditação ONA (Organização Nacional de Acreditação), que é um processo que visa reconhecer as organizações de saúde que implementaram as melhores práticas da qualidade, de acordo com os padrões e requisitos definidos pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação. O nosso hospital era medíocre, pobre e insalubre, era um hospital que eu tinha vergonha de entrar e hoje você entra no Hospital Regional Dr. José Simone Neto e verifica a transformação que ocorreu lá que só foi possível graças ao Governo do Estado, que teve a coragem de investir e agora temos uma qualidade de serviço melhor do que a dos hospitais particulares do município. Além dos nossos vizinhos paraguaios, também atendemos pacientes de sete municípios, chegando até Paranhos”, explicou.

Helio Peluffo, do PSDB, prefeito de Ponta Porã
Helio Peluffo, do PSDB, prefeito de Ponta Porã

Hélio Peluffo também cita o fato de Ponta Porã ter quatro mil alunos paraguaios que estão em escolas do Estado ou do município estudando e não é uma população contada. “E como se resolve isso? Só com parcerias boas, como as que temos com o Governo do Estado. Hoje, nós temos investimentos da ordem de R$ 500 milhões, sendo R$ 200 milhões do Estado e R$ 300 milhões da Prefeitura. As cidades do interior do Estado nunca receberam emenda parlamentar federal coletiva, isso sempre foi um privilégio da Capital. Os deputados federais e senadores têm R$ 15 milhões de emendas, sendo R$ 7 milhões para a saúde e R$ 7 milhões para a infraestrutura. Pela primeira vez na história de Mato Grosso do Sul, conseguimos fazer uma gestão junto à bancada federal do Estado para conseguir uma emenda coletiva de R$ 25 milhões para Ponta Porã, Três Lagoas, Corumbá e Dourados. Tudo isso graças à credibilidade que esses quatro municípios têm com todos eles. Ponta Porã fez essa gestão junto à bancada e vamos receber esse recurso já licitado”, recordou.

Antigamente, segundo o prefeito de Ponta Porã, os gestores municipais procuravam os governadores com o pires na mão e saiam da sala até sem o pires. “Hoje, isso não acontece, pois o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) vai até os municípios ouvir as nossas demandas. Essa mudança foi muito significativa e nós prefeitos não aceitaremos que esse modelo se perca. Como os prefeitos do interior comandam cidades com populações pequenas, nós somos muito próximos uns dos outros, nós conhecemos as nossas realidades como as palmas das nossas mãos, nós conhecemos os moradores das nossas cidades pelo nome. Por isso, nós sabemos quem esteve visitando as nossas cidades durante os últimos oito anos, quem caminhou com a gente, quem amassou barro conosco, quem sujou a botina e andou de bairro em bairro atendendo às nossas reivindicações, ouvindo os nosso choros e enxugando as nossas lágrimas quando nós passamos pela pandemia da Covid-19”, garantiu.

Na análise dele, os prefeitos sabem quem esteve do lado deles, que foi o Eduardo Riedel, enquanto o “Capitão Bernal” passou por Ponta Porã de motocicleta há quatro anos, levou 1.900 votos e nunca mais apareceu. “O único lugar que esse cara visitou na cidade com a esposa dele foi o Shopping China e não comprou coisa barata, pode consultar. Ele nunca foi à Prefeitura, eu conheço os 24 deputados estaduais e 23 deles nos visitaram quando foram a Ponta Porã. Ele foi o único que nunca apareceu na cidade para fazer uma visita aos bairros, à Câmara de Vereadores, ouvir um segmento, ouvir uma associação, uma entidade de classe. Ele esteve no sábado passado em Ponta Porã e almoçou só com os bacanas, gente bonita, bem vestida, roupa bem cortada, carro grande, caminhonete. Ele entrou e saiu de Ponta Porã com o seu tênis com o solado branco”, reclamou.

Para Hélio Peluffo, é impossível não estar do lado de uma pessoa como o Eduardo Riedel. “Lá em Paranhos, Amambai e Nioaque todos sabem da parceria com o Governo do Estado. Nós sabemos a nossa dor e precisamos de parceiros que te olhem sem se importar com o seu partido. Pela primeira vez eu vi uma Assomasul com uma união tão grande como a atual, prefeitos de diferentes partidos todos juntos porque conhecem a capacidade do Eduardo Riedel e sabem que a eleição do Capitão Contar, que nunca foi do agronegócio, vai afundar esse Estado e teremos de remar muito para nos recuperar. Por essa razão, os 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul acompanham o Eduardo Riedel, porque o conhecem e também conhecem o Capitão Bernal”, garantiu.

O prefeito afirmou que ele e os seus colegas dos outros 78 municípios do Estado estão muito confiantes. “Eu particularmente estou, por uma clara razão, que não se pode arriscar entregar o Estado nas mãos do Capitão Bernal, pois será um retrocesso muito grande. Hoje, temos alguns eleitores que são Bolsonaro radical, que brigam na rua em defesa das pautas do presidente da República, e temos os outros, que também são Bolsonaro e também defendem as pautas dele sem precisar brigar com ninguém. As pautas do Bolsonaro são as minhas pautas, pois sou contra o aborto, sou contra a ideologia de gênero nas escolas e sou a favor de um estado liberal. Em 2017, a contribuição sindical no Brasil chegou a R$ 3,64 bilhões e, neste ano, vai ser de R$ 123 milhões. Há alguns anos, as grandes associações sindicais davam um apartamento em sorteio do dia 1° de Maio, apartamento na praia. Neste ano, não teve nada disso, acabou essa grana que o trabalhador contribui com um dia de trabalho. Essas pautas, são as minhas pautas”, assegurou.

Ele reforçou que o Governo tem de ser o indutor da economia, mas, quando não se pode vender os Correios, o Banco do Brasil, entre outras estatais, não tem como ser indutor de nada. “Eu sou a favor de vender os Correios para ontem, até porque as mercadorias que pedimos hoje chegam pelo Mercado Livre. Você tem de diminuir o Estado, quando o Estado é menor, a iniciativa privada cresce, o grande investe, gera emprego e distribui renda. O Estado, por sua vez, faz aquilo que o Riedel falou, cash back, diminui o imposto na cesta básica para que a pessoa com poder aquisitivo menor compre mais, consequentemente, o empresário vende mais, gera mais riqueza e mais impostos. É o dinheiro de volta. São dois modelos diferentes, o liberal e o estatizante”, comparou.

Hélio Peluffo voltou a criticar os bolsonaristas que defendem o presidente e não sabem nem o porquê, que ficam discutindo dentro da bolha, mandando WhatsApp para si mesmo e não vai nas pessoas mais humildes pedir voto, não saem da bolha para trabalhar. “Agora, o Bolsonaro jamais vai chegar à vitória sem a ajuda do Riedel porque nós os prefeitos temos essa base popular, o Riedel tem essa base popular porque conhece a realidade de todos os municípios, enquanto o outro tem o quê? Essa bolha, só essa bolha. Por isso, eu afirmo que ninguém conhece o Capitão Bernal, ele nunca foi no interior. Essa é a razão de o presidente Bolsonaro ficar neutro, porque nós temos a base, nós conhecemos a população mais humilde e mais simples, nós conhecemos os trabalhadores rurais, os trabalhadores das indústrias. O Bolsonaro, inteligentemente, reconheceu que errou e viu que aqui em Mato Grosso do Sul precisa dos dois candidatos e, portanto, resolveu ficar neutro”, pontuou.

O prefeito de Ponta Porã recordou de uma frase que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disse sobre a disputa pelo Governo do Estado e que considera uma das mais importantes: “que vença o melhor”. “Se é para vencer o melhor, o Bolsonaro já indicou quem deve ser o governador do Estado, o Riedel. Uma coisa que me deixou irritado foi o fato de o apresentador Ratinho Massa vir ao Estado e dizer que indicaria o melhor candidato para ser o governador. Ele conhece a realidade de Mato Grosso do Sul? Ele mora no Estado? O que ele faz de relevante aqui no Estado? Como você pode se deixar influenciar pelo Ratinho? Mas eu ouvi o cantor e compositor Almir Sater dizer que é Riedel, ele é produtor rural, nasceu aqui, conhece as nossas riquezas, os nossos problemas, conhece a nossa vida, sabe das nossas dificuldades para se chegar até uma área produtiva como ele tem, na região do Pantanal. Ele reconhece o investimento que o Governo fez na área produtiva do agronegócio. O Almir Sater nos representa, a música dele é boa, ele é sul-mato-grossense e pode falar por nós. Agora, o cara que vem lá do Paraná e mora em São Paulo vem aqui indicar em quem temos de votar, eu não aceito”, argumentou.

Helio Peluffo, do PSDB, prefeito de Ponta Porã

Ele destacou que Mato Grosso do Sul não merece uma gestão com gente despreparada e a população não pode permitir um retrocesso, como o Brasil não pode sofrer um retrocesso. “Eu sempre digo aos meus colaboradores, que o carro tem um retrovisor bem pequeno e um para-brisa enorme e isso é para o motorista olhar para frente, sendo que o retrovisor é pequeno para o motorista ter referência. Então, que o nosso passado seja referência e que o nosso futuro seja enorme como o para-brisa do carro, para que possamos olhar para frente e ver a grandeza do nosso Estado, um dos mais promissores da União, onde temos o crescimento do agronegócio, da industrialização, quase R$ 60 bilhões prospectado para gerar riqueza e emprego. Aí você ouve um candidato falando que vai rever os incentivos fiscais, se ele fizer isso, as empresas vão embora. O Governo do Estado está trocando impostos por empregos, é o caso de Ponta Porã com a Coamo, que fez quase R$ 100 milhões de investimentos. Se eu não fizesse a renúncia do ISSQN e do IPTU, ela iria para o município de Antônio João. Aí vem o Capitão Bernal e fala que vai rever esse incentivo. Então, o eleitor tem a opção de escolher entre o candidato que é melhor, que vai prospectar o possível e vai lutar para que o nosso Estado melhore ainda mais e aquele que representa o retrocesso”, voltou a comparar.

Para Hélio Peluffo, a democracia é a melhor forma de resolver os problemas da população, é a mais justa, a mais correta e a que melhor representa o povo. “O nosso País está amadurecendo, somos um país muito jovem ainda, estamos engatinhando na democracia, porém, é o melhor modelo que existe. Por isso, aconselho aos nossos eleitores que escolham o melhor, escolham aquele que possa dar o que mais for relevante para o nosso País, que é a educação. Nós não vamos conseguir transformar uma nação, um Estado ou um município sem educação e é o que tenho feito lá em Ponta Porã, o investimento mais relevante da minha administração é na educação. O Eduardo Riedel fez um grande trabalho, tem mais de 130 escolas em tempo integral no Estado, isso é um grande avanço em educação e vamos ter o resultado de tudo isso nos próximos anos”, projetou.

Na avaliação do prefeito de Ponta Porã, a votação do próximo domingo é muito importante e os eleitores de mais idade que se abstiveram no 1º turno têm de comparecer às urnas, até porque a votação é prova de vida. “Então, vão votar, convidem os seus vizinhos, seus filhos, seus netos, pois a democracia é importante e a melhor forma de transformar, mudar e corrigir alguns erros. Agora, a gente não corrige o erro com raiva, rancor e vingança, a gente corrige o erro escolhendo o melhor que você tem, o que está mais preparado e qualificado. Eu peço à população de Mato Grosso do Sul que esteja atenta, não se deixe levar pela influência do WhatsApp, do Instagram e do Facebook, vamos escolher o melhor para o nosso Estado, e o melhor é o Eduardo Riedel, que é preparado, focado, decidido e determinado, conhece e pode fazer o melhor, sabe o que Mato Grosso do Sul precisa e tem bons parceiros”, aconselhou.

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