
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ingressou nesta quinta-feira (7) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Cleitinho (Republicanos-MG), após ser chamado de “vagabundo” e “canalha” durante um ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado no último dia 3 em Belo Horizonte (MG).

Segundo a defesa de Cunha, os xingamentos não configuram discurso político ou opinião crítica no exercício do mandato, mas sim ofensas pessoais que visam desqualificar sua imagem pública.
Durante o evento, Cleitinho subiu em um trio elétrico e declarou:
“Aqui em Minas Gerais tem um canalha, um vagabundo, que chama Eduardo Cunha, que está vindo para cá agora, querendo fazer campanha para deputado federal. Vocês vão ter coragem de votar num vagabundo desse? Por que que ele não vai para o Rio de Janeiro fazer campanha lá?”
O discurso foi publicado nas redes sociais do senador.
Os advogados de Cunha argumentam que o parlamentar não estava protegido pela imunidade parlamentar, pois as falas foram feitas fora do Congresso Nacional e sem relação com sua função legislativa.
A ação ocorre em meio à movimentação de Cunha para tentar voltar à Câmara dos Deputados por Minas Gerais, onde tem intensificado agendas e mantém cinco emissoras de rádio registradas.
O embate entre os dois políticos não é recente. Em dezembro de 2024, Cleitinho chegou a dizer em discurso no Senado que “a vontade que tinha era de dar um murro” em Cunha, acusando-o de agir contra os interesses da população.
