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Nesta terça-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o projeto de lei que torna o ex-governador de Pernambuco e ex-ministro Eduardo Campos um Herói da Pátria. Campos, que morreu em 2014 em um acidente de avião enquanto fazia campanha para a Presidência, agora terá seu nome reconhecido oficialmente pelo país. A cerimônia contou com a presença dos filhos de Eduardo, o deputado Pedro Campos e o prefeito de Recife, João Campos, além de sua viúva, Renata Campos.

A homenagem acontece dez anos após sua morte, e segundo Pedro, o projeto de lei nasceu do desejo de manter viva a memória do pai. "Como filho, já nasci tendo ele como herói", disse emocionado. Ele foi o relator da proposta na Câmara dos Deputados.
Durante a solenidade, Lula elogiou a trajetória política de Campos e destacou como é importante para a sociedade enxergar o lado humano dos políticos. O presidente também aproveitou para criticar a esquerda, dizendo que muitas vezes seus membros falam mais dos críticos do que de seus próprios heróis. Segundo ele, é necessário dar mais valor às figuras que lutaram pela democracia e que fizeram a diferença.
O Livro de Aço está lotado - Apesar da lei assinada, o nome de Eduardo Campos ainda não será gravado no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, também chamado de Livro de Aço. Isso porque o livro, que fica guardado no Panteão da Pátria, em Brasília, já está sem páginas disponíveis. Para incluir novos nomes, será necessário criar mais páginas de aço, o que exige um processo de licitação e aprovação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois o livro é tombado como patrimônio histórico.
Com a adição de Campos, agora são 26 os homenageados que aguardam espaço no livro. O último nome registrado foi o de Miguel Arraes, avô de Eduardo, em 2018. Entre os que aguardam a inclusão estão personalidades como Juscelino Kubitschek, Ulysses Guimarães, Chico Xavier e Padre Cícero.
Homenagem simbólica, mas aguardada - Para ser considerado Herói da Pátria, é preciso ter falecido há pelo menos dez anos, a menos que a morte tenha ocorrido em combate. No caso de Eduardo Campos, o tempo de espera já foi cumprido, mas a falta de espaço físico no Livro de Aço atrasa a formalização completa da homenagem.
O reconhecimento de Campos como Herói da Pátria se junta ao de outras figuras que marcaram a história do Brasil. Agora, resta aguardar que as novas páginas do livro sejam adicionadas para que seu nome, junto aos de outros, possa finalmente ser gravado em aço.
