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POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro chama ex-ministros de "traidores" e critica missão do Senado nos EUA

Deputado bolsonarista defende anistia para golpistas e pede sanções a autoridades brasileiras após críticas sobre tarifa de 50% dos EUA

23 julho 2025 - 20h00Fellipe Gualberto
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão juntos nos EUA e tem pedido por sanções contra o País.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão juntos nos EUA e tem pedido por sanções contra o País. - (Foto: Inteligência Ltda. via Youtube)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes sociais para criticar ex-ministros de Jair Bolsonaro e a missão do Senado enviada aos Estados Unidos para negociar a sobretaxa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. Em um vídeo compartilhado na terça-feira (22), Eduardo chamou os ex-ministros Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP) de “traidores da pátria”, devido à sua participação na missão que viajou aos EUA.

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“Para mim, Tereza Cristina e Marcos Pontes são dois traidores da pátria. Está muito claro”, afirmou o blogueiro Paulo Figueiredo no vídeo, uma figura bolsonarista. Eduardo também afirmou que esses parlamentares não representam o ex-presidente Jair Bolsonaro e que a missão do Senado está “fadada ao fracasso”

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Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, e Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, participaram da missão, que também contou com outros senadores de diferentes partidos. Além deles, o grupo incluiu o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o senador Esperidião Amin (PP-SC), entre outros. A missão foi enviada para tentar negociar a sobretaxa imposta por Trump, o que gerou polêmica no Brasil devido à presença de senadores ligados ao governo Lula.

Eduardo Bolsonaro também criticou a postura dos senadores ligados ao PT, mencionando que o "constrangimento" da missão aumentava devido à presença desses representantes, que, segundo ele, são críticos aos EUA. A senadora Tereza Cristina, por sua vez, usou sua conta no X (antigo Twitter) para defender sua participação na missão, destacando a importância de “manter abertas as negociações sobre tarifas que podem prejudicar o povo brasileiro”.

Em seu post, o deputado bolsonarista também fez duras críticas à missão do Senado, alegando que a mesma não trará resultados concretos. Ele acusou os senadores de adiar o enfrentamento dos “problemas reais” do país, enquanto vendem a ideia de uma “vitória diplomática”. Além disso, Eduardo reforçou sua proposta de uma anistia "ampla, geral e irrestrita" para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro.

Eduardo também já havia criticado outros aliados políticos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, segundo ele, tentou reverter as taxas sem abordar o tema da anistia. Para ele, a solução para resolver o impasse sobre o tarifaço passa pela concessão de uma anistia, o que, na sua visão, permitiria a retirada da sobretaxa de 50%.

Ainda em seu post, o deputado afirmou que, enquanto estava nos Estados Unidos, participou de reuniões com autoridades americanas onde o tema das tarifas foi discutido. Em uma sequência de críticas, Eduardo Bolsonaro pediu sanções contra autoridades brasileiras e reiterou sua posição contra o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes. O deputado chegou a pedir que os EUA utilizassem a Lei Magnitsky, que permite aplicar sanções a autoridades estrangeiras envolvidas em práticas autoritárias ou criminosas.

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