
No dia 13 de agosto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se reuniu com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, exatamente no mesmo dia em que uma videoconferência com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cancelada. O encontro com Haddad, que discutiria a taxação de produtos brasileiros, foi desmarcado dois dias antes, sem explicações claras.

Eduardo Bolsonaro compartilhou uma foto do encontro com Bessent em suas redes sociais e destacou a oportunidade de conversar sobre o Brasil e os Estados Unidos com alguém tão preparado.
Enquanto Haddad e Bessent estavam agendados para discutir as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, o ministro recebeu o cancelamento da reunião por e-mail. Outros países como Japão, Coreia do Sul e a União Europeia conseguiram realizar conversas sobre o tema, mas o Brasil não teve o mesmo sucesso.
Haddad acusou as forças de extrema direita de influenciar o cancelamento do encontro, citando Eduardo Bolsonaro e o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo. Em resposta, Eduardo rebateu, afirmando que Haddad preferia culpar terceiros por sua própria incompetência e criticou as falas de Lula, que considera inflamatórias para a diplomacia brasileira.
Exilado nos Estados Unidos, Eduardo tem pressionado autoridades americanas para a aplicação de sanções contra o Brasil, com o objetivo de obter apoio para uma anistia aos investigados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo seu pai, Jair Bolsonaro.
No mesmo dia do encontro com Bessent, Eduardo comemorou a aplicação de novas sanções aos envolvidos no programa Mais Médicos, afirmando que o dia foi produtivo, com "resultados tangíveis" nas suas reuniões em Washington.
