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NACIONAL

Eduardo Bolsonaro pede a Trump sanções contra ministros do STF e amplia lobby internacional

Deputado afirmou ao Financial Times que buscará apoio na Europa para punir Alexandre de Moraes e evitar eventual prisão de Jair Bolsonaro

11 agosto 2025 - 11h05Pedro Lima
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu que os Estados Unidos ampliem sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) caso não encerrem o julgamento que pode levar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, à prisão por suposta tentativa de golpe de Estado.

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Em entrevista publicada nesta segunda-feira (11) pelo jornal britânico Financial Times, o parlamentar afirmou que Donald Trump, atual presidente norte-americano, teria à disposição “uma série de possibilidades”, incluindo novas punições a autoridades brasileiras, revogação de vistos e até medidas tarifárias contra o Brasil.

Eduardo, que lidera uma campanha de lobby em Washington, disse que as sanções poderiam atingir também familiares e aliados do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Segundo ele, a esposa de Moraes seria “seu braço financeiro” e poderia ser alvo direto.

“Trump ainda tem a opção de dobrar sua aposta com base na reação de Moraes”, declarou o deputado.

A ofensiva internacional não deve se limitar aos EUA. Eduardo Bolsonaro disse que pretende levar o tema ao Parlamento Europeu, buscando apoio de parlamentares para que sanções semelhantes sejam discutidas no continente.

Sanções já aplicadas e repercussão interna - O governo americano já havia anunciado, na semana passada, restrições de visto contra Moraes e aliados, conforme comunicado da Embaixada dos EUA no Brasil. A medida provocou reação no meio político e econômico brasileiro.

Críticos da estratégia afirmam que a pressão externa pode prejudicar exportações e empregos no país. Eduardo, no entanto, sustenta que a ação é necessária para “salvar a democracia” e diz estar preparado para críticas:

“Estou pronto para ser insultado por pessoas da esquerda”, afirmou.

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